quinta-feira, 17 de junho de 2010

E eu que não sei nada do mar...


A música cantada pela Betânia não sai da cabeça depois de ler o blog do Rodrigo... não sei nada do mar nem tão pouco do vento.
Sem falar do arrependimento de não ir remar com ele e perder a chance de juntar os cansaços de nós mesmos e descansar nas palavras do outro, ou no silêncio do outro... tanto faz, companhia boa não prescinde de palavras, só de presença.
Mas deixa o menino vasculhar dentro de si mais um pouquinho, estarmos com nós mesmos nunca é demais, seja dentro de um caiaque ou sobre uma bicicleta.


Pensei que pedalava em guerra com o vento leste e na verdade guerreava contra o nordeste? Nem sei quem são meus adversários? Ou parceiros... dependendo da direção que vou...
Poderia consertar a informação do blog discretamente, mas errar também serve de inspiração para novas idéias, acertos, consertos, retornos, caminhos...
Um pulinho ali no google e vamos ver o que temos sobre os ventos no Rio de Janeiro... inicialmente pensando...  o vento que vem do Leme empurrando Janaína para o Posto 6 e freiando a magrela do Posto 6 para o Leme definitivamente não é o leste, mas sim o nordeste!
O vento que vem do Leblon empurrando Janaína para o Arpoador, é ou não é o sudoeste?
Se o Comandante ler esse emaranhado confuso poderia colocar lá nos comentários umas dicas de ventos, como uma colinha de escola...
Enquanto isso me sirvo do google. Nada como consultar o windguru antes de escrever asneiras...






Histórico

Sir Francis Beaufort (1774-1857), almirante Britânico, criou uma escala, de 0 a 12, observando o que acontecia no aspecto do mar (superfície e ondas), em consequência da velocidade dos ventos. Posteriormente, esta tabela foi adaptada para a terra.

Em 1903 a equivalência entre os números da escala e o vento foi estabelecida pela fórmula:

U = 1.87B3/2 onde U é a velocidade do vento em milhas náuticas por segundo e B é o número Beaufort.

ESCALA BEAUFORT DE FORÇA DOS VENTOS

Força - Designação - Velocidade km/h  -  nós - Aspecto do Mar Influência em Terra

0 CALMARIA 0 a 1 - 0 a 1 Espelhado. A fumaça sobe verticalmente.

1 BAFAGEM 2 a 6 - 2 a 3 Mar encrespado em pequenas rugas, com aparência de escamas. A direção da bafagem é indicada pela fumaça, mas a grimpa ainda não reage. (Grimpa é um elemento arquitetónico decorativo que remata o vértice de uma cobertura e que, por vezes, suporta o catavento)

2 ARAGEM 7 a 12 - 4 a 6 Ligeiras ondulações de 30 cm (1 pé), com cristas, mas sem arrebentação. Sente-se o vento no rosto, movem-se as folhas das árvores e a grimpa começa a funcionar.

3 FRACO 13 a 18 - 7 a 10 Grandes ondulações de 60 cm com princípio de arrebentação. Alguns "carneiros". As folhas das árvores se agitam e as bandeiras se desfraldam.

4 MODERADO 19 a 26 - 11 a 16 Pequenas vagas, mais longas, de 1,5 m, com frequentes "carneiros". Poeira e pequenos papéis soltos são levantados. Movem-se os galhos das árvores.

5 FRESCO 27 a 35 - 17 a 21 Vagas moderadas de forma longa de uns 2,4 m. Muitos "carneiros". Possibilidade de alguns borrifos. Movem-se as pequenas árvores.
Nos lagos a água começa a ondular.

6 MUITO FRESCO 36 a 44 - 22 a 27 Grandes vagas de até 3,6 m. muitas cristas brancas. Probabilidade de borrifos. Assobios na fiação aérea. Movem-se os maiores galhos das árvores. Guarda-Chuva usado com dificuldade.

7 FORTE 45 a 54 - 28 a 33 Mar grosso. Vagas de até 4,8 m de altura. Espuma branca de arrebentação; o vento arranca laivos de espuma. Movem-se as grandes árvores. É difícil andar contra o vento.

8 MUITO FORTE 55 a 65 - 34 a 40 Vagalhões regulares de 6 a 7,5 m de altura, com faixas de espuma branca e franca arrebentação. Quebram-se os galhos das árvores. É difícil andar contra o vento.

9 DURO 66 a 77 - 41 a 47 Vagalhões de 7,5 m com faixas de espuma densa. O mar rola. O borrifo começa a afetar a visibilidade. Danos nas partes salientes das árvores. Impossível andar contra o vento.

10 MUITO DURO 78 a 90 - 48 a 55 Grandes vagalhões de 9 a 12 m. O vento arranca as faixas de espuma; a superfície do mar fica toda branca. A visibilidade é afetada. Arranca árvores e causa danos na estrutura dos prédios.

11 TEMPESTUOSO 91 a 104 - 56 a 65 Vagalhões excepcionalmente grandes, de até 13,5 m. A visibilidade é muito afetada. Navios de tamanho médio somem no cavado das vagas. Muito raramente observado em terra.

12 FURACÃO 105 a ... - 66 a ... Mar todo de espuma. Espuma e respingos saturam o ar. A visibilidade é seriamente afetada. Grandes estragos.

Um comentário:

  1. O comentário veio por e-mail, posto aqui... valeu Rodrigão! Mas sábado o mar vai estar cheio de gente no mar na clínica do Fábio Paiva, PV às Cagarras 7 da matina? Bela pedida!

    "O método é bastante simples. Há tempos me intrigava esse vento matinal, sempre empurrando do leme pra o p6. Peguei uma carta e verifiquei que era NE. Também serve o google earth. Hoje, quando cheguei na PV perguntei pro Daniel: - que diabo de vento é esse que bate todo dia de manhã, é NE? Ele disse: - É, é terral.
    Quanto a força, acho que devia estar nuns 2-3 pontos da maravilhosa escala que você colocou no beiradas.
    Pô, senti sua falta.
    bj"

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