Rubi. Dia rubi de inverno clareando devagarzinho as beiradas. Nossa, como é lindo o Rio de Janeiro acordando, ver os amigos chegando, sentir o frio indo embora junto com as estrelas.
Também amanheciam por ali diversas garrafas de cerveja, uma pena, parece que a beirada amanheceu de ressaca, mas o mar está tranquilo, e a vegetação colorida de sol nascente alivia a visão urbana desordenada.
As águas estão magnifícas, tanto em cor quanto em ondulação e limpeza. Tudo bem, um ou outro lixo por ali pois afinal estamos nas beiradas de uma grande cidade não muito civilizada. Mas hoje estava particularmente limpo, inclusive o horizonte com as Cagarras ao longe completamente nuas sem nem mesmo um fino véu.
Saíram da areia uma canoa individual, uma dupla e Flavinha em sua Elisa, verdinha, da cor do mar de hoje pelas beiradas de Copacabana.
Saímos de havaiana de seis com o queridíssimo e poderoso motor Pedrinho. Ester, Lê, Pedro, Hugo, Andréia e Léo, nossa! Essa canoa voou pelas beiradinhas das areias de Copacabana rasgando a ondulação suave que quebrava na areia.
Em alguns momentos a canoa subia de lado na ondulação e a ama protegia com sua sombra os remadores, lindo, lindo de se ver, mais lindo ainda de sentir.
A canoa foi assim nessa ondulação maravilhosa pela beiradinha catando tatuí até o Posto 6, onde haviam duas stand ups surfando marolas pequeninas mas deliciosas.
Passagem rente ao Forte de Copacabana e a partir dali o olhar desgrudou da beirada e voltou para o ritmo da canoa. Dez tiros de tres minutos intercalados por dooooooiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissssssssssssss!!!!! Ai Jisus, achei que hoje ficaríamos assim no passeio, beirando a contemplação! Vaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiii. Putz, ninguém combinou isso! Mas fomos... A canoa desceu veloz rente à Pedra do Arpoador e chegou até perto das beiradas de Ipanema para fazer o retorno ali no Posto 8.
Agora, vai. Up, descansa... Agora, vaaaaiiiiiiiiii! Ops, descansa... Arf, ufa, ui, ai, vai...e assim foi a canoa acompanhando uma maré deliciosa com uma ondulação suave.
Em poucos instantes a canoa já raspava o Costão do leme sem o menor perigo. As viradas estão tranquilas, o mar resolveu dormir um pouco mais.
Desembarque sem sustos e logo depois o registro dos sorrisos que acalmam os corações disparados e a respiração ofegante. Ô gente bonita das beiradas, é bom acordar junto!
Nossa, como essas beiradas são amadas. Talvez se todos pudessem frequentá-las tomariam mais cuidado. Afinal, quem ama cuida!
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