segunda-feira, 31 de maio de 2010

Surf no Posto 6






Pegando ou tirando onda no Posto 6?
Tanto faz... o bom mesmo é estar nas ondas. O que a fotografia não registra fica impresso na alma!
Aloha!

http://www.youtube.com/watch?v=nosLwy5oLnU





31 de maio de 2010


Despedida de mês e o sudoeste entrou rasgando, se despedindo de um dos meses mais charmosos do ano. As beiradas do Rio hoje foram visitadas de bicicleta, não estavam muito para Janaína. Talvez não estivesse tão pouco para a Cabrita magrela de duas rodas.
Foi só despontar nas beiradas e deu pra sentir o vento sudoeste entrando de frente ali na enseada de Botafogo e nuvens negras na direção do cristo redentor aconselhavam uma meia volta vou ver. Mas não, firme em seu propósito lá foi a magrela em direção ao Leblon.
"I`m so tired..." e de repente o som do ipod para bem ali, Eagle Eye Cherry sem pilha. Mais um sinal? Tudo bem, mais um sinal mas ainda assim a Cabrita continuou na sua intenção de fiscalizar as beiradas. Agora sem música.
Chegando no Leme já dava pra ver o mar encrespado e o vento que insistia em freiar quem ia em direção ao Leblon. Algumas pedaladas e lá pelo Posto 4 o mar alisa e fica de um verde exemplar, metamorfose aquática. E assim seguiu até no final de Copacabana, mar flat e vento sudoeste.


O forte de Copacabana protege o mar quando o vento entra desse jeito. Carlos Drummond e Dorival Caymmi continuam lá, de costas para as águas, sem reparar em uns escassos valentes nadadores que repetem sua rotina diária.

Chegando ao arpoador o vento entra encapetado e encrespa o mar. Carneiros das beiradas até as Cagarras e muitas, mas muitas nuvens negras no céu.
O vento castigava a Magrela que ainda assim insistia em continuar seu trajeto. O pensamento era um só... a volta! Ah, a volta, ali estaria a recompensa de enfrentar o sudoeste. Na volta seria selada a paz e certamente a Cabrita voltaria em um tempo só.

Dito e feito, parada breve na Posto 12 para algumas fotos e a bicleta veio à toda velocidade, na mesma direção do escovar das folhas dos coqueiros.

Uma nêsga de sol apareceu por ali mas logo uma chuva fina também começou a cair. O arco íris foi procurado por todos os lados, mas só foi dar as caras entre os túneis Carlota Joaquina e o do Rio Sul. Não era lá uma das melhores paisagens para se registrar o flagrante, mas ele estava lá com todas as suas cores, conforme o imaginado.

A enseada de Botafogo descansa banhada por águas tranquilas e pouco a pouco a ciclovia vê chegar os frequentadores das beiradas. Carioca não gosta de frio mas tempo ruim também não espanta.
Da ciclovia o mar pareceu limpo, onde as espumas que se viam eram apenas dos carneiros formados pelo vento. As areias também pareceram mais limpas, mais bem tratadas. Apenas as ciclovias eram rajadas de areia, alternando o cinza do asfalto com as listas beges flutuantes.
Mais um dia de beiradas e mais um dia para se constatar que na vida tudo anda em par, vento contra e vento a favor; som  e silêncio; desânimo e coragem. Que bom que a magrela não desistiu, tinhosa tal qual Janaína, sedenta de dia, de movimento, de deslumbramento!

sábado, 29 de maio de 2010

29 de maio de 2010



Vai, vai, vai, vai... uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.
Hoje foi dia de visitar novamente o posto 6 e conferir as ondas por lá. Cedinho já estavam nas areias da Praia Vermelha quatro canoas individuais e uma dupla, prontas para percorrer as beiradas de Copacabana. Janaína estava lá, inquieta, com saudades de ir ao mar. O mar está bem mais baixo mas ainda sujo, com bastante lixo flutuando sobre as águas. A manhãzinha fria anuncia o inverno que teremos e os dias já começam a demorar a nascer. Mas as águas estão mornas para não desencorajar os remadores.
Janaína carregada nos ombros é colocada delicadamente nas águas e sobre ela vai uma remadora se gabando que sequer molhou as calças, belo feito para as beiradas que ainda são lambidas com força pelas águas.
O dia frio logo vai se aquecendo nas primeiras remadas e depois de contornar a pedra do anelzinho lá vai Janaína rumo ao Costão do Leme. Atenção na ondulação, mexida mas navegável, basta apontar o bico da canoa na direção certa que a canoa segue singrando sem maiores alardes.
Porém, logo ali no costão do Leme um descuido e a bermuda seca se encharca junto com a blusa e o boné. Remadora ao mar com uma popada de Janaína. Não se deve contar vantagens...
Hoje particularmente as gaivotas faziam rasantes sobre Janaína, muitas gaivotas como nunca antes sentido. Talvez elas estivessem penalizadas com a solidão de Janaína distante das demais canoas e seguindo mais por fora das beiradas. O arremesso da remadora para fora da canoa causou um bom distanciamento... brindado pela companhia das gaivotas.


Rapidamente chegavam as canoas no posto 6, secas para descer as ondas. Janaína não desceu muitas, em verdade desceu apenas algumas, mas suficientes para deixar o dia ganho.


Por trás da lente da máquina fotográfica ouviam-se os gritos de Malza, Hugo, Ester e Mariana a cada onda descida. Essa brincadeira durou mais de uma hora e infelizmente compromissos de final de semana convidaram Janaína a dar meia volta.




Mas antes de voltar houve tempo de ver Chinês e Jorge chegando em suas oc1. Jorge com um remo partido alertava para a importância de remar sempre com um remo reserva.
Deu tempo também de dar bom dia para as tres oc6 que chegaram por ali também secas pelas ondas. Rogério ainda desceu uma com os remadores entre remadas e gritos.
Por ali também uma tartaruga deu o ar da graça talvez pensando porque tantos gritos, não fosse ser tão arisca poderia ficar mais um pouco com o olhar sobre a tona para descobrir o porque de tanta alegria.
Duas stand ups também se divertiam nas ondas chegando a descer com Janaína lado a lado em uma das poucas que ela desceu.

A volta se deu rápida e chegando perto do Leme um vento chato e uma ondulação nervosa cansaram a remadora, mas Janaína não abaixou o bico e foi valente por sobre a ondulação procurando os caminhos mais suaves entre a turbulência.
Do Leme à Praia Vermelha muita confusão de águas, mas depois de avistar as beiradas da praia, Janaína ganhou força e desembarcou tranquila nas areias da praia Vermelha. Logo depois chegava Abaeté com Mariana e Ester também em um desembarque tranquilo e atento.
O sol já apontava lá em cima e o atraso para o compromisso estava perdoado pela manhã de surf entre amigos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Remando pela Natureza






Esse é o título da matéria que saiu na revista Visão Ambiental em sua 6ª Edição. Legal perceber que os esforços dos remadores em limpar as beiradas têm repercursão na mídia.
Lá na página 28 está a matéria mostrando uma parcela da ajuda que o Clube Carioca de Canoagem lança pelas beiradas.
A ajuda pode até ser esporádica em ação propriamente dita mas é constante ao menos na fiscalização e na conscientização da população.
Vale a pena dar uma conferida no conteúdo da revista, é o cidadão cuidando das beiradas.


Boa leitura!



quinta-feira, 27 de maio de 2010

27 de maio de 2010 - Turbulência




Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Esse era o grito interno dos remadores hoje. Que confusão! Água por todos os lados, marolas gigantescas, canoe jump, corpos inclinados para esquerda e aquela loucura ali entre a ponta do Costão da Praia Vermelha até o Costão do Leme.
Valia uma reza para Nossa Senhora da Aparecida, seja pela fé nos santos, seja pela homenagem ao barquinho que sabiamente ficou descansando na beirada.

Meia volta vou ver e... nossa, uma traineira imensa vindo em nossa direção! Comandante Rodrigo ensinou que as leis de trânsito no mar se parecem com as leis de trânsito em terra, e a leme motorista veterena de terra instintivamente apontou a canoa para a direita enquanto a imensa traineira apontava para a esquerda da leme. Uau, contorno perfeito, parecendo combinado.
- Obrigada moço!
As remadoras do banco 1 e do banco 2, Mariana e Ester, depois de sair do mar, ao ser indagadas sobre a emoção de cruzar a traineira apenas responderam: - Que traineira?
É... o mar não estava pra remador hoje, todo mundo concentrado na proteção da canoa, na entrada dos remos na água e nada de olhar para frente. Sorte que a leme olha.
Meia volta e ficou a canoa a navegar em um quadrado dentro da enseada da Praia Vermelha, hora balançava loucamente, hora deslizava velozmente lambendo o Caminho do Bem Te Vi.



Graças ao Malza todos se divertiram na babilônia oceânica, não fosse sua insistência para sair das beiradas a padaria do seu Manel ficaria lotada. Obrigada Malza, grande diversão e aprendizado hoje!
Rodrigo estava lá de caiaque. Encontrou, deu bom dia para todos e saiu para o mar em fúria antes das canoas... também deu meia - volta - vou - ver ali do Leme.


Uma canoa de seis remadores com o pessoal do senil, ops, do sênior, chegou até o posto 6 e todos voltaram radiantes com a onda que o Jonhy desceu por lá. As ondas continuam fazendo a festa. Mas contaram também do sufoco ao cruzar o Costão do Leme, tanto na ida quanto na volta.
Saída kamikase nas areias e um certo pânico em alguns remadores que mesmo antes de dar pé para a saída já pulavam para voltar para as beiradas. - Ops, peraí, e a canoa? Corre pra cá, puxa a canoa da água, a água puxa a canoa dos remadores e enfim, depois de retirar o imenso mar de dentro da canoa e torná-la mais leve foi possível arrastá-la para fora da lambida da onda.


A canoa dos senhores seniors também não teve lá uma saída suave, saiu lateralmente ainda que segura pelo outro lado. Puxa daqui, empurra dali e mais um pouco descansavam as duas canoas em seus cavaletes.
Jargão de surfista lançado aqui: - É... um dia de remada tumultuada, vale mais que um dia de trabalho bom!

Ah, tanta confusão, tanta água e já ia esquecendo... águas sujinhas sujinhas, mas morninhas, vento danado incomodando e necas de pitibirecas de sol. Só um céu azul safado que apareceu só pra foto na saída.


O danado só foi dar as caras mesmo lá pelo meio da manhã quando todos já estavam no trabalho. Nesses dias ele está como os remadores, não querendo nada com o trabalho antes das oito da matina!

Oba! Tem foto do mar nervoso lá no blog do Rodrigo! Hoje não estava para fotografias, mas o rapaz é abusado!

http://www.trilhasdomar.blogspot.com/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

26 de maio de 2010 - Mais ondas!



Essa é a cara de quem pegou onda hoje lá no Posto 6!


Dia ainda desmaiado seguindo todos os outros mais recentes. Diacho de sol que insiste em ficar escondido. Mas o encontro com amigos e a diversão na água muda tudo. Irradia luz.

As ondas ainda lambem as areias da Praia Vermelha e entrar e sair com as canoas é sempre uma aventura. Hoje foram ao mar duas oc1 com Hugo e Léo e uma oc2 com Teté e Letícia.
O pior trecho está logo ali na ponta da Praia Vermelha, já na ponta do Costão do Leme, apesar de ainda turbulento, o mar é facilmente driblado com as canoas. Mas ali na Ponta da Praia Vermelha é um verdadeiro teste de equilíbrio, uma máquina de lavar no enxague  pesado.
Passando do Costão do Leme o mar vira uma brincadeira gostosa de subir e descer sem deixar a canoa bater a barriga na água.
No mar mexido percebemos o quanto as águas podem se assemelhar às montanhas. É tal como no treking onde o caminho mais curto e menos exigente é o caminhar pelos vales entre as encostas. Ali no mar não há muita diferença, se a direção e a intenção não é o surf, o ideal é que se navegue nas valas, a canoa segue  mais tranquila, os remadores também.
Abaeté seguia seu rumo com muita atenção, o leme fazia um verdadeiro exercício de equilíbrio e cuidado. Aos poucos o mar vai ensinando a passar pelas ondas suavemente, sem deixar a canoa bater, sem deixar a remadora da frente desequilibrar, o conjunto todo agradece e a canoa segue rápido.
De fora dá pra ver o mar crescendo em direção ao sorriso e varrendo tudo com uma imensa vaga, mas as canoas passam distantes de olho nas ondas do Posto 6.

Surfáveis! Maravilhosamente surfáveis. Sem dar vontade de ir embora. As tres canoas ficaram por ali uns trinta  minutos disputando as ondas com as stand ups e ao menos umas quatro ondas desceu Abaeté entre gritos, sorrisos e felicidade. Nos rostos de Hugo e Léo estava estampada  a alma... lavada!


A volta foi rápida pois infelizmente a vida chama para a rotina.
Passando ali na ponta da Praia Vermelha um verdadeiro samba do criolo doido e um desembarque kamikase ali nas beiradas, feliz de quem tem amigos para socorrer nesse momento crítico. Grita dali, corre daqui, espera a  hora certa, a onda certa e de repente sai na hora errada, na onda irada e... puf, por pouco. Mas todos estão sãos e salvos, principalmente as canoas.
Agora rumo de casa para um café da manhã tal qual os micos comendo bananas ali pelas beiradas da calçada.

Belo dia, belas ondas... o sol? Ah, não faz mal, qualquer dia desses ele aparece!

Bruno foi pro outro lado, ruim por não estar junto nas ondas, bom pelas notícias de outras beiradas!

"Hoje fomos até Niterói e desembarcamos numa prainha em frente à Jurujuba.
No canal do lado do Rio, o mar tava grosso e em Nikit tava tranquilo - ondulação de Leste-. O trânsito de navios pesados é que tava pesado! Tanto na ida, quanto na volta, tivemos de esperar um bocado de navio passar pra depois seguirmos em frente.
Qualquer dia desses, vou lá pro 6 pra pegar umas ondas concês!
ALOHA!!
Fitaroni."



terça-feira, 25 de maio de 2010

25 de maio de 2010 Ondas


Êxtase!
Ela é puro êxtase!
A beirada do posto 6 hoje fez a festa dos remadores e dos stand ups. Ondas surfáveis, deliciosas, rápidas e cheias vindo lá de trás e acompanhando toda a beirada desde a lage atrás do Forte do posto 6 até o Clube Marimbás.
O mar estava bastante mexido com as canoas inquietas de um lado para o outro, mas foram ao mar tres canoas oc6 com bons lemes, Johny, Rogério e... Léo! Grande Léozinho que colocou a canoa em ondas ma-ra-vi-lho-sas.
Thiago no banco 1 e Letícia no banco 2, apesar dos apelos para remar no meio da onda, levantavam os remos extasiados com a velocidade da canoa e com a parede de água que subia pelo bico fazendo um verdadeiro tubo de felicidade. Remar? Para que? Já estamos na onda! Queremos olhar! Uhuuuuuuuuu!

Nas ondas brincando feito criança também estava Chinês com sua oc1 azul cobalto. Linda!

As fotos deixam muito a dever pois não retratam um pingo dos inúmeros pingos e marolas levantadas por ali. Mas Thiago prometeu disponibilizar o vídeo das câmeras acopladas na frente e atrás da canoa e tão logo ele cumpra a promessa colocarems a cereja do bolo nesse blog.


Rodrigão estava lá, depois do off shore ali na ponta do forte do Posto 6. Encontro apenas na saída, nas beiradas da areia da Praiua Vermelha, depois com o atraso das canoas já não estava ao alcance dos olhos o nosso comandante. Tão pouco foi visto no retorno, o rapaz está rápido mesmo! Uma visista no seu blog e certamente haverão fotos das ondas impressionantes que quebraram por ali.
E o Sorriso? Aquele verdadeiro Waimea que levanta ali na altura do posto 5! Ah, um verdadeiro sorriso fazendo um colchão rolante de espumas, cheio e contínuo que ficava por ali mesmo, sem lamber as beiradas da areia. Lindo!
O dia continua desmaiado, as águas continuam sujas. Mas estão mornas, deliciosas de recebê-las em cheio no rosto na hora da descida das ondas.

Na volta um helicóptero acompanhou a última canoa a deixar o posto 6 e voando bem baixinho mostrava o fotógrafo com sua lente na mira. Fotos que certamente não serão compartilhadas.
A virada do costão do Leme está bastante mexida, um verdadeiro empurra empurra onde o remador que não estiver atento prejudica toda a sincronia. Hora a canoa enterra na água, hora está lá no alto e volta em um violento canoe jump! Até virar para a Praia Vermelha continuou o rodeio de boi bravo.

Desembarque de frente nas areias da Praia Vermelha com muita atenção pois as ondas continuam lambendo forte a areia.

A remada de hoje deu uma lambida de lavar a alma, i-nes-que-cí-vel!


Tudo bem, tá lá no blog do Rodrigo... mas acho que não faz mal trazer umas fotinhas pra cá. aliás, não me deixam parar muito para fotografar, assim penso que estou perdoada. E o cabra é bom no troço, olha aí o que ele pescou nesse dia! Até o céu fica mais azul...



"A beleza da paisagem vista da PV e das ondas na laje do posto 6 dispensam textos.

Hoje as nuvens não eram tantas e só contribuiram para colorir o céu do jeito que Krishna gosta.
E lá no posto 6, as ondas deixariam Faisca e Fumaça com comichão para pegar as pranchas.


Em imagens, alguns motivos para ter remado hoje.
Sem comentários."