sexta-feira, 7 de maio de 2010

07 de maio de 2010


Dia estranho, esquisito.
Nó, esquisito ficou até depois das beiradas!
Antes de amanhecer Janaína já estava sendo carregada para as areias ainda sujas da Praia Vermelha.

Diacho de dia nebuloso bem no meio do outono! Um vento leve e frio e umas águas até que quentinhas.
Mas esquisito, dia muito esquisito de nublado. Até as fotografias perderam o foco.
Mas Janaína não, Janaína mmanteve o foco e rumou para o Posto 6. Acompanhando Janaína, uma névoa constante que nem mesmo no retorno do Posto 6 se dissipou.
O trajeto foi cortando do Costão do leme em linha reta até a laje do Posto 6. Só lá que o mar deu uma ligeira ondulada mas sem produzir ondas surfáveis, a não ser por uma insistência de quem chegou até lá.
Janaína foi por um mar deserto, sem outras canoas e apenas avistando umas embarcaçães pesqueiras ao longe.
A corrente fluía espetacularmente em direção ao posto 6, delícia em contraste com a nebulosidade esquisita. Mas Janaína temia o retorno. É como se fosse uma bicicleta numa ladeira, desceu? Depois tem que subir! Mas a delícia de singrar pela ondulação suave insistiu em não mudar o rumo e lá foi Janaína.
Águas muito claras nas beiradas, a ponto de ver as pedras no fundo da Ilha do Anel e da pedra do anelzinho. Um marzão verde esmeralda com uma perna de boneca por aqui um saco plástico por ali mas nada que impressionasse muito. A não ser uma tartaruga que apareceu para dar bom dia bem perto da Pedra do Anelzinho. Enfim, uma companhia!
No posto 6 uma parada para beber água e o olhar distingue um sol forçando a barra para subir por trás das nuvens e da Ilha da Cotunduba.

O safado do sol apareceu apenas um pouco e depois o dia voltou a ficar esquisitão, indeciso... quase que não querendo nascer.
O retorno foi pela beiradinha de Copacabana até o caminho do Pescador. Janaína beirava tanto que em diversas vezes quase era surpreendida pelas ondas, que não quebravam tão suavemente assim. Gostosura de subir e descer na ondulação para espantar a esquisitisse do dia.
O retorno, ao contrário do esperado, se deu tranquilo, muito menos esquisito que o dia que não amanheceu nem mesmo quando Janaína desembarcou nas areias da Praia Vermelha.
Ao largo do caminho o som das ondas e a visão das pessoas caminhando pelas beiradas.
O cristo envolto por uma densa névoa abençoa a cidade, ainda que esta também se esconda sob um manto cinza e denso de neblina.

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