terça-feira, 18 de maio de 2010

18 de maio de 2010


Amanheceu ainda escuro. Mas devagarzinho o dia foi clareando, clareando... até mudar de cor e disfarçar o outono numa estação qualquer.


Definitivamente o mar tem borogodó!

É um vício deslizar por suas águas e não cansar nunca de admirar as beiradas, de lamber as beiradas, de estacionar estática sobre a canoa balançando e permanecer paralisada em transe, em meditação. Hipnotizada pelas beiradas.  As beiradas do Rio de Janeiro são lindas! Estão lindas!
As águas estavam muito claras embora bastante lixo boiando na virada do Cara de Cão. Mas fora o previsível, antes dali o mar estava um deleite, liso, com uma ondulação suave que faziam as tres oc1 que andavam lado a lado deslizar como que num balet!

Nada de vento, a não ser um vento suave que entrou na volta margeando o Caminho do Bem Te Vi.
Janaína mal cabia em si de contentamento, por um excesso de contingente nas duas canoas oc6 que viriam da Praia da Urca para a Praia Vermelha, foi lançada ao mar junto com as oc1 que levaram Paulo e Pedro.
Chegando perto do Cara de Cão passou florida a canoa da Rio Va_a com seis mulheres, onde Sylvinha lemeava com o sorriso diário de quem vem para as beiradas.
Uma pausa por ali nas cavernas depois da virada do Cara de Cão para aguardar as oc6 que vinham da Praia da Urca. Pausa recheada de deslumbramento, um dos cantos mais belos do trajeto. Transparente apesar da aparente sujeira boiando.

Dia meio nublado mas muito confortável na temperatura e ameno para remar. Pausa para fotografias, conversas e contemplação. Hoje o dia pedia algumas pausas.
Mas entre as pausas, o prazer de lançar a pá do remo na água e brincar na ondulação que alisava a barriga da canoa e também a alma. Tal qual um cafuné...
Chegada tranquila na Praia Vermelha margeando o Caminho do Bem Te Vi bem junto ao costão, do jeito que Janaína gosta.

Obrigada Janaína!

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