Manhãzinha escura...
Mar GRANDE. Muito grande.
Assim como embala o coração navegar nos mares de almirantes, embala também navegar nesses mares de desbravadores. Mas atenção redobrada para entrar e sair com a canoa das beiradas da Praia Vermelha, talvez seja o ponto crítico do passeio treino. Ali o problema maior não é o tamanho das ondas pois isso pode ser contornado com paciência para entrar nos intervalos das séries. O problema maior é que a onda lambe a areia com muita força e lateralmente. As canoas que vão em linha reta para entrar de frente para as ondas podem ser surpreendidas e desvirar à força, mudando o rumo. Aconteceu, mas as remadoras entre gritos e sustos enfiaram as pás na água e voltaram a ditar o curso da canoa.
Passagem afastada das beiradas onde nem se possa sentir o cheiro dos mariscos.
Perto da oc6 Pedro e Hugo acompanhavam de canoa individual e logo ali perto também Sylvinha em sua canoa lilás.
Mar grande mas navegável. Sujo, ainda sujo. Muito sargaço pelo caminho mas menos lixo boiando.
De longe já se via a ondulação inquieta e esbranquiçada maltratando a lage. Batia com violência tal que do costão do Leme já dava para ver a peleja do mar com a pedra. Lindo. Lindo!
A canoa se aproximou do Posto 6 mas diante da ondulação, que vinha de todos os lados, deu meia volta e parou momentanenamente para um mergulho. Mas só quando se viu livre da ondulação.
Fotos? Algumas poucas. A fotógrafa mais uma vez era repreendida, a máquina ali no banco quatro era delatada pelo leme preocupado que todas as pás estivessem na água. Na hora do sufoco, nada de cumplicidade para fugir do trabalho e fotografar um pouco. Uma pena. Até o pedido de sorriso foi atendido meio amarelado, tal qual a camisa da leme. Aline não queria muita história por ali...
Mar grosso, ondulação grossa, mas nada que impeça uma pausa, uma fotografia, um sorriso.
A volta foi também em meio à ondulação nervosa, mas ainda assim agradável de navegar. Uma ama bem protegida permite que a canoa navegue sem muitos sustos e o dia a dia no mar traz essa bagagem tão necessária para dias assim.
Chegada acelerada vencendo o balanço das ondas. Algum lixo por ali surpreendido pela fotografia.
O que salva é a paisagem e o sorrisos de Mari e de Andréia. Teté atenta, procurando os meninos para ajudar no desembarque. Mais uma chance para o sorriso do leme... hum, piorou!
Desembarque cauteloso nas areias da Praia Vermelha.
O dia? O céu? Ah, esse continua desmaiado, apesar do vermelhinho do outono insistir em aparecer lá no fundo, lá pras beiradas de Niterói. Diacho de máquina que desfoca tudo... o dia não estava tão nublado assim.
Bruno também foi conferir o mar pra outros lados...
"Gostei de ver as meninas ontem no "Globo Mar". Parabéns Letícia, Carlinha, Alê... vocês merecem!!
Maricás é uma remada difícil e muito exposta, são aprox. 30km e o último abrigo fica em Itaipú. Não é aconhelhável fazer essa travessia com a previsão que temos hoje.
Ontem, sai com a Lariana, Marqinhos e o Caranguejo em duas kayarkas duplas, da nossa sede do CCC na PU até a prainha de Piratininga. O mar estava bem grande e próximo a fortaleza de Sta. Cruz, havia ondas oceânicas um bocado grandes, subíamos e decíamos aquelas montanhas d'agua perdendo o continente e o caiaque parceiro de vista por alguns longos segundos. Como não havia vento, fizemos uma passagem tranquila e a beleza das vagas passando era hipnotizante. Mais adiante, no canal formado entre as ilhas Madalena e o forte Imbuí, o bicho tava pegando e foi preciso esperar o tempo certo para passar por ali, por pura diversão- poderia ter passado por fora-. O desembarque e posterior embarque na prainha de Piratininga, também estava difícil, mas não tivemos grandes problemas.
Maricás tem suas peculiaridades, em 2008, eu e Marquinhos desistimos em frente a Camboinhas devido ao fortíssimo vento leste - tá certo que saímos às 04:00h da tarde, contando com o farol da ilha para chegar à noite-. Somente agora, em 2010 e que fomos conhecer a ilha. Para essa nova travessia, já adiamos por duas vezes e adiaremos outras tantas, até que haja segurança para que todos cheguem numa boa. Não estamos na melhor época do ano para fazermos essa trip, mas com paciência, acharemos uns bons dias para a viagem.
Por enquanto, a trip foi adiada para o próximo findi. Não deixem de ir!
Boas remadas,
Fitaroni."
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