terça-feira, 18 de maio de 2010

18 de maio de 2010 por Rodrigo

Ah, esse menino! Nada como roubar textos e fotos. O dia que ficou devendo cor na paisagem desmaiada pintou de colorido as páginas do blog!
Salve Comandante, te encontrar hoje nas águas seria a pérola encontrada na ostra! Janaína seguiu para o lado contrário. Ô dó!

"bi-bi-bi-bi- bi-bi-bi- bi-bi-bi- bi-biiiiiiiiiiii ii!!!!!!! !!!!
Caraca! O despertador, preciso levantar! Não remei esse fim de semana e não posso perder o dia de remada hoje. A alma pede, o corpo cede.
Espantei a preguiça com um café e parti. Tarde mas parti. Em Botafogo o edredom das nuvens cisma em cobrir tudo: céu, sol e montanhas parecem ainda dormir. O bafo do vento ronca nos meus ouvidos. Acorda aí ô dia, que eu tô chegandoooo! O mar parado na enseada não tá nem aí pra nada.


Na PV não tem mais ninguém. Estranha sensação de perder o trem. Pra onde será que foram? O Pão de Açúcar não responde, ainda tá de pijama e touca o safado.
Quase desanimo, mas lembro que remar oxigena a mente, então lá vou eu pro posto 6. Céu e mar cor de chumbo, compondo uma bela paisagem em preto e branco. Passa uma canoa de 6 com Marcelo e Léo à bordo... Mais adiante uma canoa de bravas meninas... Sigo costeando a pedra do Leme, indo até bem perto da arrebentação. Parece que não, mas as ondas passam velozes na direção da baía, vindo de SW. Na altura do Copacabana Palace retorno e pego a direção da Cotunduba. Nenhum do povo flutuante a vista por aquelas beiras, só gaivotas e tesourões rodopiando acima dos barcos de pesca cujas proas apontam pro vento, para leste.



Passo por trás da ilha, me aproximo de onde uma garça está "ciscando" seu desjejum e ouço o piar de gaviões lá no alto da ilha. Tá cheio de bicho aqui hoje. Onde estão as pessoas? Paro para tentar uma foto da garça, mas tá mexendo muito perto das pedras e a corrente tá puxando muito pra fora. Depois me aproximo de duas gaivotas que conversam animadas em meio a sonoras gargalhadas zombeteiras. Olha Zuleide, aquele humano tá olhando pra gente. É mesmo Zoraide... coitado, parece perdido. krakrakrakrakra! !! Sai pra lá humano, a conversa não é pro seu bico! É melhor eu ir embora. A corrente tá forte mesmo, avanço devagar no meu ritmo preguiçoso.

As nuvens começam a se espalhar e já enxergo umas nesgas da promessa de um céu azul. O sol, por sua vez, coloca o nariz pra fora vendo se já é hora.


Chego perto da praia onde algumas pessoas caminham na areia molhada, e lá vem o Jorjão no seu barco indo puxar a rede de espera. As ondas estão fracas por aqui, empurram o caiaque suavemente até encostar na areia. Vejo que as canoas voltaram. Onde estavam? Devem ter ido pra Urca, pois não vi ninguém vindo de Copa.
Beleza de remada! Quando se faz o que se gosta a vida ganha novos tons. O remo que fende a água... é tão simples.
Uma gaivota sobrevoa a PV. Ei! Manda lembranças minhas pra Zu e pra Zo."
Rodrigo Magalhães

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