quinta-feira, 24 de junho de 2010

24 de junho de 2010 - Remadas e conversas...


Em um dia se perde a hora, no outro se cai da cama... mas o importante é chegar por ali nas beiradas e conferir o dia, as águas, as pedras, as gentes das beiradas...

Cedinho cedinho Janaína já ia para água, logo atrás entraram tres oc6. Mar tranquilo de entrar. Dia lindo e amanhecer limpo depois de uma noite estrelada. Frio, frio, frio que pede uma blusa de lycra ao menos, mas que com alguns minutos de remada já se dissipa...
As viradas dos costões estão tranquilas, com pequenas marolas que vêm da pedra mas nada além de uma requebrada na cintura e um apoio de leve com o remo na remada.

Virando o Costão do Pão de Açúcar a corrente generosa propiciava um surf delicioso em direção ao Cara de Cão. Janaína não reclama das paradas para fotografia, penso até que gosta, vira de lado, acompanha a maré mas permanece tranquila apesar de fazer inclinar o horizonte no enquadramento.

O sol só foi aparecer quando Janaína já chegava no Cara de Cão. Lindo, iluminando o forte São Luiz em Niterói e tacando fogo nos prédios do Forte São João aqui no Rio.

Na virada do Pão de Açúcar um cheiro insuportável de óleo aconselhava mudar o trajeto anteriormente combinado com Flávia. Certo, Janaína então a buscaria junto com Elisa lá na Praia da Urca e retornaria para a Ilha do Anel.

Muito lixo boiando nas águas junto ao óleo. Água negra negra negra, mais do que o dia antes de amanhecer.
Virando na ondulação do Cara de Cão estavam paradas duas oc6 aguardando instruções do Nicolas, gente bonita, sorridente, com cara de "bom dia".

Ao fundo as montanhas, o Cristo, a enseada de Botafogo, as beiradas em sua roupagem de gala... azul!

Porém as águas, ah, essas deixam muito a desejar...
Logo passa mais uma oc6 com Jonnhy no leme, saíram das beiradas da Praia da Urca e foram até a bóia depois da Cotunduba, canoa com quatro remadores mas deslizando ligeira pela baía oleosa.

Mais um pouco e passam mais tres oc6 do Praia Vermelha Va_a em direção à estátua de São Pedro.

Logo ali, mas bem ao longe ainda... um pontinho verde... o que é um pontinho verde num mar negro? Elisa e Flávia, de branco o fundo do caiaque e um um imenso sorriso sobre ele. Saudades de remar junto, de colocar  a conversa em dia!

Uma breve parada na praia do Forte São João para ajustar o finca pé do caiaque e logo logo eram expulsas pelo guarda inquieto. Ok, ok, tchau, tchau... Tudo bem, não vamos mesmo ficar paradas...

Passagem balanceada pelo Cara de Cão e em um flash já estávamos em direção ao Anel atrás de um balão que descia rapidamente. Ai, tomara que não caia na mata! Caiu depois da Ilha do Anel... ufa!
Nem adianta rebocar, o balão se esfarelou em seu corpo crepon... salve São João, fora com os balões!

O mar está um pouquinho mexido perto dos costões e a água está com uma temperatura agradável, mas desagradável pelos detritos que insistem em se manter na tona!
Janáina arisca contornou a Ilha do Anel e uma onda  a joga pra lá, outra joga pra cá, puxa com o remo...
- AAhhhaaaaiiiiiiii... quase, por pouco não escalamos a Ilha do Anel! Uhuuuuu, passagem kamikase por ali. - Te encontro do outro lado! Flavinha esperta não arriscou Elisa.

Bom dia para as gaivotas, uma conversa aqui, outra ali e já estávamos na fenda do bem Te Vi... dia perfeito para remar, para conversar, para encontrar amigos queridos, mas não tão flat, para uma conversa mais tranquila há que se detectar os refúgios, tal qual o da fenda! Grande encontro com Flávia, mas onde diacho estará o Comandante? Fez falta! Desembarque tranquilo na Praia Vermelha, hoje Elisa dorme por lá junto a Janaína...

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