Oito horas estava marcado o encontro na Praia Vermelha, dali partiriam embarcações de todo tipo para as Cagarras para um encontro com Fábio Paiva que apresentaria as surf skys e daria algumas dicas sobre canoagem.
O mar ficou salpicado de embarcações, colorido de gente feliz.
O dia amanheceu com uma névoa tão intensa que mais parecia uma nuvem espessa que não se dissiparia.
Como enxergaríamos as Cagarras se nem mesmo enxergávamos a Cotunduba? O mar estava tranquilo, parecia que nos convidava para entrar em um enorme algodão doce. A princípio Janaína é quem sairia ao mar, mas o encontro atrasou, as bandeiras estavam sendo alisadas pelo vento anunciando um retorno de remadas forçadas e assim a opção foi deixar Janaína no cavalete e partir dentro de uma das tres oc6 que também foram para as Cagarras.
Partindo junto dali estavam Raffa, Guilherme, Rodrigo, Marquinhos, Bruno e Fábio com os amigos de Santos. E lá na água deu pra ver a Flavinha e o Hélio que partiriam na frente, não sem antes dos abraços na Carla na areia. Flávia acabava de voltar de dois meses longe das beiradas!
Edu sairia lá do Posto 6. Nossa, como as beiradas estavam coloridas e cheias de sorrisos. O dia prometia!
As águas estavam absurdamente verdes transparentes lá no arquipélago e uma ondulação generosa levou as tres canoas havaianas em menos de uma hora até a Ilha das Cagarras, depois de uma pausa e mais uns minutinhos já estavam todos reunidos em frente à Ilha Comprida. Gente de Santos, gente da Praia Vermelha, gente da Praia da Urca, gente do Guanabara, canoas de todos os tipos. Lindo!
Depois de ficar um bom tempo por ali conversando, ouvindo os amigos e as gaivotas, foi hora de partir.
Os caiques ficaram ainda por lá mas as canoas havaianas voltaram fazendo um trajeto um pouco em "L" para fugir da ondulação e do vento. Hora as canoas apontavam para o posto 6, hora para o Costão do Leme. Ao chegar no meio da praia de Copacabana entra o previsível vento e as suas rajadas nada agradáveis. Nesse momento foi confirmada a decisão correta de deixar Janaína no cavalete. A noite passada havia sido um pouco longa para os braços que remariam sobre ela... uma embarcação com seis remadores obrigaria ao ritmo necessário para aquelas rajadas de vento.
Certamente as surf skys souberam driblar bem o vento. Na volta desceram para o Posto 6 para de lá rumar para o Costão do Leme. Devem ter se divertido por ali.
O mar finalmente estava bem mais limpo com águas mais frias e não houve qualquer problema ao contornar o Costão do leme, a canoa andou muito bem com Fábio no leme.
Onze e meia a canoa desembarcava nas areias da Praia Vermelha que estavam vazias. Bela despedida do outono e o prazer de brincar pelas beiradas enquanto a cidade dorme e seus habitantes se refugiam em seus casulos com medo do frio.
Foto da Carla
O pessoal de Santos não cansava de admirar as beiradas do Rio enquanto os remadores das beiradas não cansavam de admirar as fórmulas um que os santistas pilotavam velozmente sobre as águas! Seja sobre surf sky, seja sobre uma havaiana, seja sobre um caiaque, seja sobre um stand up... navegar é preciso. Não tem preço poder chegar em curto tempo a um arquipélago tal qual as Cagarras e olhar lá de longe as beiradas do Rio envoltas no azul do céu e no azul do mar. É de fazer esquecer da hora e ficar... se transformando em gaivota, em peixe, em pedra, em mar, em céu... em gente!
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