sexta-feira, 9 de julho de 2010

09 de julho de 2010 Por pouco sem as beiradas



Garganta doendo arranhando e o pensamento lá nas beiradas imaginando o amanhecer de inverno. Mês dos ipês rosas espalhados pelo Rio de Janeiro, dá dó ficar na cama.



Bingo! Decisão acertada! Mais um dia limpo pintando o céu de vermelho e mostrando um mar esticado das areias ao horizonte, sem ondas, sem lixos, sem o ar gelado comum do inverno.
Nas areias das beiradas da Praia Vermelha a canoa havaiana da equipe masculina já havia partido. Esperavam ali abandonadas Ester e Mariana e o monte de lixinho.



Chegamos um pouco antes da Andréia e já fomos terminar de montar a canoa. Dia lindo, cheio de sorrisos. De esquecer a garganta inflamada.
Alguém esqueceu de levantar da cama, sendo assim hoje eu faria o leme e assim o contorno dos anéis estava salvo. Nada de perguntas, tão pouco reclamações. Como é bom zigue zaguear entre as bóias e duelar com a maré no contorno das ilhotas! Energia boa no ar.





Não é pra menos, a canoa mesmo com cinco remadoras deslizou suave e foi leve leve leve acompanhando uma corrente fluente até a lage do posto 6.


Passagem rente aos costões que estão banhados por águas preguiçosas que dormem profundamente. O contorno do Anelzinho e da ilha do Anel foi sem nenhum sobressalto e logo ao sairmos de trás da Ilha nos deparamos com um sol querendo nascer mas não nascia. Foi só virar discretamente pra trás na entrada do Leme e zás... lá estava ele dando as caras de um jeito de fazer qualquer remador cair da cama.










Hoje cairam da cama Jorjão, Chinês, Machado, Fred, Paulo... todos em canoas individuais ou dupla. Devem ter se deliciado com a corrente que não cansava de nos empurrar para o posto 6. Céu lindo!


O único lixo que vimos no caminho foi uma garrafinha pet que tão logo a canoa se aproximou, Mariana colocou pra dentro. - Valeu Mariana! Essa canoa não só é sintonizada nas remadas, no balanço do corpo, mas também no cuidado com as beiradas. Afinal... é nossa casa, nosso jardim!


Lá na lage um encontro rápido com a canoa dos meninos já voltando para casa e sequer pararam para um afago... mas ganhamos vários sorrisos. Ô canoa bonita!
Já que eles não pararam, uma pequena pausa para a passagem da traineira e um pouco de contemplação já que a volta seria a parte mais dura do treino!




A volta... ah, a danada da volta! Já fui logo acusada de que não estava remando! A corrente obviamente já não estava a favor e a canoa pesou. Pois é, a ida nos deixou mal acostumadas, esquecemos que em algumas situações há que se fazer força. Mas ainda assim a volta foi tranquila com um mar ainda liso e sem vento. A corrente parecia se esconder sob aquele manto azul liso que nos iludia, mas estava ali, dava para sentir.



Desembarcamos tranquilas e subimos a canoa para o cavalete ajudada por alguns meninos que ficaram por ali. Não tem como não ficar sorrindo no desembarque, é um cansaço danado de bom!





O dia continuou lindo, mas das beiradas da Praça XV hoje não se avista a Ilha da Boa Viagem que dá bom dia todos os dias na minha janela. Uma névoa espessa tomou conta da baía da Guanabara às 9 da manhã, talvez seja o anúncio da frente fria prevista para amanhã e depois.
A garganta ainda dói, peço desculpas ao próprio corpo e prometo que vou cuidá-lo no final de semana, mas hoje... navegar era preciso!

4 comentários:

  1. Amei as fotos!! patrocinamos esse blog com a nossa força. Enquanto remamos Leticia tira fotos....
    Mas pelo visto ta valendo a pena!!!! o Blog esta maneiríssimo!!!!!
    parabéns e se cuida garota!!! descanso tb faz bem pra garganta!!!
    Mari obrigada pela voga!!!! Treinei bastante!!! muuuuito bom!!!
    beijos
    Andreia

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  2. caralho leticia lana, vc é muuuuuuuuito cara de pau!!!!!!!!!!!!!!!!
    ester

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  3. Saí hoje da PU às 5:40, com o Antonio, em direção à PV. Tudo escuro. Remamos sem parar até peixes, muitos peixes voarem por cima de nossos caiaques, um cardume imenso por debaixo de nós. Suspeito até que a movimentação das centenas dos peixes criou uma corrente, pois exatamente quando os peixes apareceram sentimos uma resistência muito forte na remada. Os peixes afetam a corrente do mar!!! Nunca tinha pensado nisso antes, como o bater das asas de uma borboleta.
    Mais adiante, com o céu abóbora da luz do sol por detrás das montanhas, pássaros, centenas, talvez milhares deles, voavam em direção oposta à nossa. Deu vontade de ir junto com eles. Vontade não concretizada, mas sentida. Mas eu preciso fazer algo com tudo aquilo que sinto?

    E você, Lê? Foi remar? ...Quando chegamos na PV procurei por você na areia. Ainda era muito cedo, seis e pouquinho.

    Flavia

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