13 de julho de 2010 Dois perdidos em águas limpas

Tudo em sua ordem. Primeiro o amanhecer e depois  a notícia do título.

O amanhecer foi surpreendente depois da chuva e da ventania que caiu sobre o Rio de Janeiro na noite anterior. Céu vermelho clareando para o azul conforme se distanciava das beiradas. Chopin estava ali olhando o dia amanhecer belíssimo e sem frio. O vento penteava com força as folhas dos coqueiros e na volta do treino chegou a formar rebanhos de carneirinhos ali na enseada da Praia Vermelha.

Tres canoas havaianas de seis remadores e duas canoas individuais levaram os remadores em direção ao Posto 6. As individuais levaram Elder e Bianca que iniciavam na prática das individuais.

Hoje as canoas se mesclaram entre homens e mulheres com exceção da canoa masculina do nosso coach que está em pleno treinamento para a prova de Cabo Frio. A equipe feminina continua desfalcada em razão de viagem, gripe e cansaço. As pausas são necessárias para evitar muito desgaste.

Nossa canoa voou em direção ao posto 6 acompanhando não muito de longe a canoa masculina em treinamento. Juliano, Hugo e Franklin levantavam a canoa ali no motor agradecendo a corrente visível que nos empurrava para as Cagarras. Ondulação um pouco lateral já que íamos para o Posto 6 mas ainda assim a canoa aproveitando o vento chegou em 26 minutos ao canto do Clube Marimbás. Na voga foi Teté na cadência da ondulação, Carla de espelho no banco 2 e eu lá atrás no banco cinco... sem bater fotografias.

Assim, sem fotografias, não podemos mostrar como as águas andam limpas e claras pelo caminho, mas um breve descanso ali pelo Posto 6 salvou a imagem do blog. Depois nem pensar em fotografias já que a fotógrafa foi catapultada para o leme... ops, quem sabe ali atrás salvaria mais algumas imagens? A corrente jogando para as Cagarras e virando a proa da canoa para as areias e o vento em rajadas fortes rasgando o ar não me deixavam sequer remar... imagine então fotografar!

Pois foi esse vento nordeste que deu título ao dia...

Desembarque excelente nas areias da Praia Vermelha e fotografias da equipe power que trouxe a canoa tão rápida quanto levou apesar das condições extremamente contrárias. Desembarque das outras duas canoas de seis remadores e de repente... onde estão Elder e Bianca? Nenhum sinal... ai.

Voltamos para a canoa eu, Pedrinho, Pedrosa, Léo, Carla e Fábio. Novamente na água fomos em direção à Urca para resgatar a dupla perdida. Canoa voando baixo, tal qual o vento! Pedrinho olha pra lá... nada! Pedrosa olha pra cá... nada! Perguntas para os pescadores... nada!

Théo acionou o Gmar que nos encontrou na Praia do Forte sem qualquer sinal dos dois.

Retorno para a Praia Vermelha já que para aquele lado não havia informação de que os perdidos haviam passado.

Virando no Costão do Pão de Açúcar, avistamos lá perto da Ilha do Anel as duas canoas... ufa! Depois de tantas brincadeiras e piadas dentro da canoa, o alívio em saber que estavam bem.

O vento hoje não está brinquedo, as individuais chegaram até o meio de Copa depois de muitas viradas e desviradas e no retorno penaram para alcançar de volta o Costão do Leme. Bianca contou que em uma das viradas a canoa de Elder foi embora com o vento...

Esse é o dia de hoje, lindo, águas paradas, águas transparentes, mas não se iludam... o vento forte, seja de qual direção venha, pode causar um grande estrago na brincadeira de remar!

Todos seguros na areia e mais um dia pela frente. Ali pelas beiradas só ficou Chopin continuando a vigiar o dia. É o único que não se abala com o vento, mas fica ali pensando... onde se perderam esses dois nessas águas limpas?