O tempo de uma sessão de cinema foi o tempo da remada de hoje. E tal qual num cinema foi um dia de observar, registrar, crescer. Nem uma nesga de vermelho no céu quando o carro tomou o rumo da Praia Vermelha. Já chegando na Praia Vermelha uma ameaça do dia querer clarear mas ainda breu, salvo pelos postes ainda acesos.
Janaína entrou na água às 5:50 e ainda no escuro era possível perceber que as águas continuam sujas, mas bem menos. As areias um pouco mais limpas revelam ainda o montinho cotidiano do lixo que fica em frente aos cavaletes.
Remadas calmas e compassadas beirando o costão do caminho do Bem Te Vi para fugir das embarcações. Chegando na virada o mar se agita e pede balanço no quadril. No caminho encontraria Flávia e Elisa que entraram na água da Praia da Urca às 5:25. Breu, esse horário é totalmente breu. Flávia mais tarde confessava a beirada de medo em remar no breu, mas como ela diz "é como um abraço quando passa..."
Passamos. Passamos também uma pela outra no Costão do Pão de Açúcar e não nos vimos. Nada como um telefone no meio do mar para desencontros e revelar que realmente nesse horário não estamos visíveis nem mesmo para embarcações pequenas que passam do lado. Mas retornando para a Praia Vermelha percebi a razão do desencontro, hoje a ondulação nos leva com bastante força em direção à Ilha do Anel, sendo assim, a tendência é ir reto do Costão do Pão de Açúcar e virar só lá na frente colada ao costão do Clube Militar. Janaína indo, fez outro caminho e foi beirando o costão do Caminho do Bem Te Vi. Elisa, mal te vi!
Depois do encontro, entre remadas e conversas, as canoas se dirigiram até o Forte Lage cortando a ondulação. Depois de contornar o Forte e rever a construção detonada pelo mar a direção eleita foi a Pirâmide.
Bela paisagem mas escolha fedorenta. Chegando na Praia de Botafogo pelo canto da ciclovia da Pirâmide o cheiro fica insuportável.
Águas escuras, imundas, fedorentas. Passagem ao largo do Guanabara e do Iate Clube fugindo em direção à Praia da Urca. Elisa desembarcaria por ali com Flávia. Na despedida a combinação de uma próxima remada e Janaína deslizou suave em direção à Praia Vermelha.
Bela paisagem mas escolha fedorenta. Chegando na Praia de Botafogo pelo canto da ciclovia da Pirâmide o cheiro fica insuportável.
Águas escuras, imundas, fedorentas. Passagem ao largo do Guanabara e do Iate Clube fugindo em direção à Praia da Urca. Elisa desembarcaria por ali com Flávia. Na despedida a combinação de uma próxima remada e Janaína deslizou suave em direção à Praia Vermelha.
Vários veleiros transitando por ali de manhã acusam a previsão de vento, mas espero que não nos pegue no caminho.
Águas lisas e grossas. Negras. Sobre Janaína a contemplação de tudo, desse dia tão ensolarado, colorido, cheio de pássaros.
Janaína foi viajando viajandona pelas águas tranquilas no contorno da mureta, das embarcações, das pedras, da fenda, das pilastras. Viajando viajandona chegou à virada do Cara de Cão. Ops, logo despertou pois ali as águas mudam de figura. Atenção na ondulação que bate e volta no costão e um jeitinho de não deixar ser surpreendido de lado, remo apoiando aqui, ali e o bico de Janaína procurando os vales das ondas e evitando bater o casco. Suavidade sempre, esse é o lema para um bom desenvolvimento, independente da velocidade e do vigor aplicados ao remo. Sempre singrando. Cada dia é um aprendizado, é uma onda diferente, um equilíbrio novo, uma remada mais defesa, outra mais arisca... o mar é realmente uma escola.
Janaína foi viajando viajandona pelas águas tranquilas no contorno da mureta, das embarcações, das pedras, da fenda, das pilastras. Viajando viajandona chegou à virada do Cara de Cão. Ops, logo despertou pois ali as águas mudam de figura. Atenção na ondulação que bate e volta no costão e um jeitinho de não deixar ser surpreendido de lado, remo apoiando aqui, ali e o bico de Janaína procurando os vales das ondas e evitando bater o casco. Suavidade sempre, esse é o lema para um bom desenvolvimento, independente da velocidade e do vigor aplicados ao remo. Sempre singrando. Cada dia é um aprendizado, é uma onda diferente, um equilíbrio novo, uma remada mais defesa, outra mais arisca... o mar é realmente uma escola.
Rapidamente Janaína alcançou o Costão do Pão de Açúcar e manteve sua costura pelas beiradinhas dos costões e paredões. Parecia uma agulha cor de abóbora alinhavando, com seu rastro, um pano verde. As águas depois da praia do Forte ficam mais limpas, mais claras, mais verdes, menos quentes ainda que mornas.
Cá dentro uma felicidade indescritível desse momento de solidão pelo trajeto de volta. Solidão a duas. Uma sensação de conforto me faz perceber e lembrar da tranquilidade do Comandante sobre seu caiaque nas águas anárquicas... prática, aprendizado, calma, respeito e confiança. Ingredientes indispensáveis para conviver com o mar sozinho.
Desembarque auxiliado pelo Jorjão, querido amigo, ali nas areias e a entrega de Janaína para Hugo. Ele, Júlio, Pedro e Caio continuaram a manhã por ali sobre Janaína, Abaeté e a individual de Aline. Depois disseram que ficaram por ali, entre a Praia Vermelha e o Leme. Foi melhor para não enfrentar o vento que entrou. Melhor para não se arriscar nos costões que não adormecem há dias. As águas andam um pouquinho anárquicas nessas viradas. Mas as fotos revelam o prazer do passeio. Em casa a despedida de um com o outro resume tudo: - Obrigado pela experiência! É isso, a vida é uma eterna desconhecida onde cada descoberta é um deleite...
Nas areias as canoas individuais estão sendo preparadas para a competição de Cabo Frio que acontece dias 24 e 25 de julho. Jorge, Machado e Chinês enceravam tanto as canoas que as mesmas estarão transparentes para a corrida.
Nos sorrisos de todos a expectativa de mais um encontro no final de semana que vem. Dezenas de canoas nas águas da Praia do Forte, Janaína e Abaeté mal cabem em si pela espera!
Nos sorrisos de todos a expectativa de mais um encontro no final de semana que vem. Dezenas de canoas nas águas da Praia do Forte, Janaína e Abaeté mal cabem em si pela espera!
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