Dia o3 de julho, a madrugada clareou depois de dez horas e meia numa traineira pelas beiradas do Rio até Ilha Grande. Na ilha, esperamos a cidade acordar e fomos para a padaria atrás de um café quente, de um paõzinho fresco, de chão firme.
O dia amanheceu lindo de tão colorido, de tão azul. Ilha Grande está belíssima com Abraão muito bem tratado e cheio de bandeirinhas de São João.
Uma pausa na padaria e teríamos que aguardar o resto do grupo que pegaria a barca das dez em Mangaratiba. Tempo suficiente para descolar uma praia deserta e transparente onde poderíamos enfim deitar numa canga em chão que não balança.
Abraãozinho já estava sob nossos pés em trinta minutos de caminhada com direito a paradas para contemplação. Estende a canga, deita na areia, alonga, levanta, mergulha na água transparente, volta pra areia, dorme, conversa, come biscoito. Ô vidinha dura, nossa como as beiradas do mundo são lindas! Com amigos queridos ao lado, nem se fala!
O mar de ilha Grandedispensa comentários, mas como esse blog é sobre as condições das beiradas não podemos deixar de mostrar águas transparentes, verdes, areias limpas, céu azul, nada de vento, muita floresta e temperatura da água fria, não gelada, apenas fria!
Um breve passeio em canoa canadense para sentir a diferença e a vontadede ficar por ali mesmo, à tôa pela Ilha...
Mais um pouco e Carol chama no telefone pois o resto do grupo já havia chegado. Diacho, pegaram alguma barca mais cedo, acabou a moleza, vamos montar a canoa e rumar para a Praia Vermelha. Mas isso também é muito bom!
No Abraão estava todo o grupo sentado à mesa de um restaurante aguardando a comida. Depois de algumas explicações de Dave e de Bruninho, voltamos aos pratos e ao jogo da Argentina. Em alguns momentos estaríamos partindo.
Pois bem, canoa montada, todos acomodados dentro da traineira e seis remadores acomodados dentro da canoa. A enseada estava linda, com águas limpas e lisas e muito muito muito lá longe avistávamos o canal e o que nos aguardava.
Cada grupo se revezou em uma hora de remada e na terceira hora quando entrei na canoa as condições já eram outras. A ondulação já começava a mostrar os dentes e o subir e descer da canoa muitas vezes complicava a sincronia dos remadores. Um vento leste entrou forte anunciando mudanças radicais de condições. A água entrava em jorros pela frente da canoa e vira e mexe via e sentia alinha d'água quase perto ao meu joelho. Tira água, entra água, tira água, entra água...
Ainda assim uma hora passou bem rápido e logo que subi na traineira já recebi a informação de que a Capitania havia lançado um alerta de vento de 100 km/h e condições complicadas no mar para as embarcações. Empolgações e desejos à parte, falou mais alto a voz da razão.
Ainda assim uma hora passou bem rápido e logo que subi na traineira já recebi a informação de que a Capitania havia lançado um alerta de vento de 100 km/h e condições complicadas no mar para as embarcações. Empolgações e desejos à parte, falou mais alto a voz da razão.
Do meio da restinga de Marambaia para frente a canoa foi amarrada à traineira pois esta não podia andar na velocidade da canoa naquelas condições. Navegávamos a 8 km/h e mais tarde vim a saber que o leme da traineira não estava muito bom, sendo assim... reboque. Até porque em alguns momentos da traineira já não avistávamos a canoa e certamente aquela visão era recíproca pros lados de lá.
Na canoa houve o revezamento de tres em tres remadores onde dois se posicionaram nos bancos dos iacos para proteger a ama e um terceiro ia no leme evitando que a canoa virasse e fosse arrrastada pela traineira. Na traineira Jorge permaneceu atento por todo o percurso.
Mar bastante ondulado que até parecia que íamos virar, ainda assim a viagem foi bastante tranquila fora alguns enjôos por aqui e ali.
Entrando nas beiradas do Rio de Janeiro me acocorei ali na frente do barco embrulhada numa toalha dentro de uma calça de moleton quentinha e um casaco quentinho e fui olhando a cidade iluminada que só não desperta porque não dorme mesmo.
Entrando no Rio o mar acalmou, alisou e sentindo o vento forte no meu nariz sob o cachecol pensei que já estava satisfeita de tantas beiradas. Nunca saciada, mas satisfeita sim.
Logo veio o desembarque no cais do bar Urca e uma caminhada na madrugada até o carro do Léo na Praia Vermelha... no meu pensamento somente uma ducha morna e minha cama quentinha. Nada de sonhar com carneirinhos, já havia vistos carneiros suficientes de lá para cá!
Logo veio o desembarque no cais do bar Urca e uma caminhada na madrugada até o carro do Léo na Praia Vermelha... no meu pensamento somente uma ducha morna e minha cama quentinha. Nada de sonhar com carneirinhos, já havia vistos carneiros suficientes de lá para cá!
Maravilhoso esse blog Janaína!!! sussu
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