terça-feira, 27 de julho de 2010

27 de julho de 2010 Passeio fotográfico pelas beiradas



O dia pedia mais um pouco de cama, mas um torpedo cheio de exclamações gritava para dar continuidade ao registro das beiradas. Afinal, são quatro dias sem conferir a temperatura e a qualidade das águas pelas beiradas do Rio de Janeiro. O telefonema prometia um dia de sol mas não foi o que ocorreu ao chegar nas areias, algumas nuvens, dia meio lusco fusco, mas sem frio, sem vento, sem anarquismo no mar. Perfeito!



Decisão acertada e mais alguns minutos a máquina já fotografava o lixinho na areia que hoje mais parecia um lixão!



Os remadores arrumando as tres canoas havainas de seis para sair, o pessoal do carioca Va_a já partindo cedo numa canoa de seis, o pessoal do Rio Va_a passando em direção à Urca também numa canoa de seis remadores, o trio assíduo Jorge, Machado e Chinês montando suas individuais e Paulo e Fred montando a dupla. Areias cheias, águas também!





Mais lá na frente o encontro sorridente com Antônio em seu caiaque individual. Dá pra ver o coração dele batendo de longe sobre Ulmo. Um aceno, um sorriso e continuamos em direção às beiradas da Praia da Urca.



Algum lixo boiando, águas amenas na temperatura e um mar liso com uma ligeira ondulação nas viradas. Maré vazante anunciando que não foi a melhor estratégia beirar o cara de Cão quase arrancando os mariscos. Dica de hoje: - Olha a frente dos barcos, estando apontados para fora da baía, a maré está vazando e passe ao largo do costão! Mas ainda assim as canoas fluiram muito bem e rapidamente chegaram na Praia da Urca.




Duas canoas foram desembarcadas por ali e colocadas no cavalete.





Nas areias oferendas sabe lá para qual santo, entidade ou deus. Com todo o respeito aos cultos, o santo certamente compreenderia a limpeza após o pedido ou o agradecimento. Se não o santo, a população que frequenta a praia certamente agradeceria! As areias no entorno estavam tão mais limpas! Muito melhores do que as areias da Praia Vermelha...



O ikebana é uma arte floral que originou na Índia, onde os arranjos eram destinados a Buda, e depois foi personalizada na cultura nipônica pela qual é mais conhecida. Essa arte-filosofia de arranjos florais aconselha retirar o arranjo quando ele começa a perder a graça e a se deteriorar para não atrair energia ruim para a casa. O mesmo deveria ocorrer por ali, mas esperamos que os garis estejam atentos mesmo desconhecendo a arte criada para homenagear Buda.





No caminho, assim como nos costões e na mureta, muitos pescadores. Hoje as águas deviam estar frequentadas abaixo da tona pois não lembro de ver tantos pescadores por ali: na virada do Costão do Pão de Açúcar, sobre a pedra do Urubu, na mureta da Urca...



A volta foi um deleite, quase como na ida. Me perdoem os remadores mas hoje foi dia de fotografar e filmar, a saudade das beiradas e a alegria de estar entre amigos pedia. A máquina, no trajeto de ida, foi no leme causando um certo zigue e zague toda vez que registrava e voltou sobre a canoa, lá em cima do castelo, se equilibrando para não ouvir o grito: - Mulher ao mar! Sete remadores em uma canoa de seis bancos, só restava a uma... fotografar! Hoje nada escapou do olhar, nem os amigos, nem as águas, nem o forte, nem as viradas, nem as fendas...





A volta foi tranquila com uma maré generosa nos levando beirando bem rente os costões e as viradas. Nenhum sinal da Besta que quebrou no outono por ali entre o forte do Lage e o Cara de Cão, há que se aproveitar a licença que o mar nos deu para mariscar por ali.



No mais, fotografias... muitas fotografias!










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