Para quem rema sem colete vai o aviso do Danilo. Não é a primeira vez que ouço essa história da Capitania exigir coletes dos remadores. Eu mesma, por diversas vezes, saio sem o meu e digo que já enfrentei mar não muito amistoso cansando de me avisar.
A necessidade do uso, ou de portar o colete, não é só pelo inconveniente de ter que desembarcar na primeira praia que há, talvez longe do nosso destino. Há também o inconveniente de passar mal ou perder a canoa longe das beiradas e ficar em maus lençóis, ops, diria, em águas frias!
Vai aí o relato do Danilo e depois a observação do Fuchs, um remador bem experiente.
Sabem aquelas cordinhas que geralmente têm nos caiaques e nas canoas? Pois é, não custa levar o colete para passear também. Não pesa e pode ser um bom companheiro em alguma hora: seja para enfrentar a capitania, seja para enfrentar o mar.
"Hoje de manhã saí para remar... Peguei o Aqqalu antigo do CRG, botei a saia, enchi a garrafa d'água e pensei: "mó tempão sem abrir um solzinho, vou sair sem colete hoje pra ver se pego um bronze..."
Lancei-me ao mar sozinho, às 10:50h, rumo à ponta do Cara de Cão. Após uma breve pausa para beber água, resolvi dar uma volta até o costão do Pão de Açúcar... O mar estava bem mexido e as ondas da maré vazante proporcionaram bons surfes. Numa dessas surfadas, no través da praia de fora do Forte, olhei para trás para ver a próxima vaga se aproximando, quando reparo numa grande lancha vindo em minha direção. Comecei a 'fechar' para a praia, mas ela continuava a me seguir. Parei, então, e levantei o remo para sinalizar, mas ela não mudou a rota, apenas diminuiu a velocidade e parou bem na minha frente. Era a lancha número 8 da Capitania dos Portos, com um piloto e dois oficiais no deck lateral.
Um deles, sem nem me dar bom-dia, perguntou: "Cadê o colete??". Eu respondi: "Tô sem!". Ele fez uma cara bem feia e disse que eu deveria me recolher até aquela praia. "Desenrolei", pedi desculpas e disse que não poderia desembarcar ali, e que voltaria de imediato ao CRG. Ele disse: "Assim voce me complica, mas vou liberar... Só não faça isso novamente!". Mais uma vez pedi desculpas e comecei a retornar, sendo seguido de perto pela lancha até a virada para dentro da baía, quando ela resolveu partir para fiscalizar outra embarcação. No caminho de volta, ainda avistei duas tartarugas e muitas aves perto da Urca, que estavam pescando um grande cardume de tainhas.
Fica então a dica pra galera, não sei se foi um caso pontual ou se eles realmente vão apertar com a fiscalização do colete e de outras coisas mais... Fiquem ligados!
abraços"
Danilo CRG
"Alô Danilo!
E eu diria até mais! USEM COLETE! J
Tomar dura é sempre desagradável, mas eu confesso que concordo com eles...
Cagada acontece, principalmente com quem sabe...
Eu mesmo perdi um caiaque duplo e quase matei o meu amigo e eu junto, na represa de guarapiranga, onde eu remava toda semana.
Pra quem tiver curiosidade, saiu até algo na revista Terra, em 2007... tá lá no site http://www.aroeiraoutdoor.com.br/midia/index.htm, lá em baixo ou direto no http://www.aroeiraoutdoor.com.br/images/midia/cade-o-colete-terra.pdf
T+"
Fuchs
Hoje, 07 de outubro, recebi mais um relato do Bruno. E olha que ele sai sempre para as beiradas e ainda não se convenceu de que o colete é dispensável. Vai ver que é porque, definitivamente, não é!
"Eu também saio sempre com todo o material,colete, saia, sinalizador, apito, cabos etc.. e vamos além, como gostamos de nos arriscar, levamos pé de pato, calçado, lanterna, fósforo,âncora, etc....
Já passamos por algumas enrascadas como na vez em que tomamos a onda da La Bestia (entre o Lage e o continente) na cabeça e ficamos a deriva por uns vinte minutos na boca da barra até acharmos nossa Kayarka no meio do mar.
Nós só fomos enquadrados pela Marinha quando chegou por estas bandas um enorme porta aviões Norte Americano e nos impediu de nos aproximarmos muito dele.
Uma vez em Arraial, um amigo nosso,o Nada Vê, passou tão mal que tivemos de rebocá-lo por todo o trajeto e, se ele estivesse sozinho e sem colete, certamente teria virado estatística.
Imprevistos acontecem e é sempre bom estar preparado."
Hoje, 07 de outubro, recebi mais um relato do Bruno. E olha que ele sai sempre para as beiradas e ainda não se convenceu de que o colete é dispensável. Vai ver que é porque, definitivamente, não é!
"Eu também saio sempre com todo o material,colete, saia, sinalizador, apito, cabos etc.. e vamos além, como gostamos de nos arriscar, levamos pé de pato, calçado, lanterna, fósforo,âncora, etc....
Já passamos por algumas enrascadas como na vez em que tomamos a onda da La Bestia (entre o Lage e o continente) na cabeça e ficamos a deriva por uns vinte minutos na boca da barra até acharmos nossa Kayarka no meio do mar.
Nós só fomos enquadrados pela Marinha quando chegou por estas bandas um enorme porta aviões Norte Americano e nos impediu de nos aproximarmos muito dele.
Uma vez em Arraial, um amigo nosso,o Nada Vê, passou tão mal que tivemos de rebocá-lo por todo o trajeto e, se ele estivesse sozinho e sem colete, certamente teria virado estatística.
Imprevistos acontecem e é sempre bom estar preparado."
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