sábado, 9 de outubro de 2010

09 de outubro de 2010 Que vento é esse?



No vidro do carro os pingos da chuva confirmavam a previsão da frente fria para o final de semana. Mas mesmo assim fomos levar a canoa para a Praia da Urca pois assim diminuiríamos o trajeto para Escola Naval. O percurso de 13 km da competição amanhã pede que as canoas estejam mais perto, até porque depois tem a volta para descansar as canoas nos cavaletes da Praia Vermelha.













O carro ficou ali na Praia da Urca e fomos caminhando até a Praia Vermelha para encontrar o resto da equipe. A chuva parou e um buraco azul surgiu no céu bem atrás do Cristo Redentor. Lindo! Lá longe o sol iluminava a favela e deixava na sombra todo o resto da cidade. Luz no Cristo também!





No caminho lá estava a Garça interesseira e o pessoal que costumava dormir lá nas areias da Praia da Urca, a mesma turma ali pescando e a mesma garça esperando ao menos um peixe. Bom dia para todos e uma parada para fotografias.











Eis que de repente escuto um grito, um oi de longe...
Olhei para a embarcação cheia de pescadores que passava em direção à boca da barra e vi um homem de macacão de pescador com os braços levantados e depois fazendo um gesto de quem me imitava fotografando. Ele mesmo gritou seu nome que repeti imediatamente.
- Sagaaaaaaaaaaazzzzzzzzzzz!
Não é que o Sagaz, nosso velho companheiro, fã de uma cachaça, antigo morador dali das areias da Urca, estava lá no barco indo para a pesca? Fico extremamente feliz em vê-lo bem. Ele já havia me contado que estava dormindo em um dos barcos, mas não o via faz tempo.



Ali nas beiradas um vento forte anunciava que seria um trajeto penoso trazer as canoas da Praia Vermelha. Estranho... Copacabana e Ipanema não estavam sendo castigadas pelo sudoeste? O que esse vento estava fazendo por ali em direção à boca da barra vindo dali do miolo da baía? Nordestão? Sudoeste rodopiando na baía?
Um café da manhã na padaria para aproveitar o tempo que nos restava e a dica da padaria das beiradas. Ótimo suco de beterraba ali na padaria em frente à cabine de polícia. Vale a parada, quase tão bom quanto o do seu Manel lá no Laguna, perto da estação do bondinho.




Nas areias da Praia Vermelha foram montadas tres canoas e ainda tive a grata surpresa de ver Deco voltando depois de um tempo no estaleiro. Sairia de oc1 com o Léo do Carioca. Saudades do Deco!
Lá já estava o vento estranho, mas que não incomodou muito, a não ser quando viramos lá no Cara de Cão, lá ele entrou maltratando até chegar nas areias da Praia da Urca.
O vento não maltratou tanto no trajeto até a prainha do forte de São João mas em compensação a maré nos jogava para a esquerda obrigando a consertar a canoa vez em vez e consequentemente tornando-a mais pesada, travada. Mas a passagem do Cara de Cão pôde ser feita rente, a ondulação mesmo pedia.
Na reta do Cara de Cão para a praia da Urca a canoa foi singrando as marolinhas feitas pelo vento sem que o casco batesse nas águas, gostoso de remar apesar da resistência.
Lá depois do Cara de Cão uma pausa rápida perto das cavernas para fotografar e encontrar a canoa do Johny que andava bem na frente.




Águas longe ainda do desejável mas sem muito aspecto de sujeira ou cheiro ruim.



Chegando na Praia da Urca o encontro com Alessandra levando a escolinha da Rio Va_a, um projeto bem bacana que fazem com os alunos de escola municipal. O sorriso dela mostrava que estava em êxtase e foi exatamente o que anunciou quando passamos ao lado:
- Era tudo o que eu queria!
Bom ver gente que faz ali pelas beiradas.
Encontramos também o Gean e mais um amigo levando Nani Pua e Avohai para uma remada e ainda o Paulo chegando com o pessoal do Urca Va_a. Sábado cheio por ali.
Colocadas as canoas nas areias, acomodadas uma sobre a outra, tomamos o rumo da Praia Vermelha para encontrar o pessoal da canoa do Hugo que havia ido para o Posto 6. Anunciaram um mar de delírio na volta, ondulado pelo vento sudoeste que fez canoa voar na volta e bater o casco na ida. Sudoeste? Então que vento foi aquele que nos maltratou dentro da baía de Guanabara?

Dali foi partir para o Tacacá do Norte para a despedida da Ester que vai passar uma semana longe do açaí e das remadas. Passa rápido, daqui a pouco ela volta para as beiradas!

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