Sexta feira amanhecendo devagar com um céu cheio de nuvens. Chegando na Praia Vermelha a gente percebe que aquilo era um mero disfarce do dia tentando me convencer a ficar na cama. Uma bola de fogo linda desponta lá pelas beiradas de Niterói e um imenso cruzeiro, ainda iluminado, fazia papel de coadjuvante confirmando que as beiradas são visitadas o ano inteiro pelos turistas.
As areias estão mais limpinhas mas não se pode dizer o mesmo das águas que estão bastante sujas, línguas imensas de espuma, tanto branca quanto amarela e muito lixo boiando, garrafas pets e de vidro, plásticos e objetos não identificados.Espumas... muitas espumas mesmo! Parecia que o mar queria imitar o céu!
Foto da Carla
Foto da Carla
As areias estavam desertas de remadores, a não ser por dois caiaques sit on top que nunca vi por ali e que sairam e chegaram junto conosco. Chegaram também logo depois o Nicolas com um amigo para sair de canoa individual e seguiram em direção à Copacabana.
Saimos dali da Praia Vermelha eu, Carlota e Carol sobre Juréia e Abaeté. Embarque duvidoso de Carol, ainda que com ajuda de Carlota. Em um certo momento pensei que a onda ia maltratar Juréia e Carol, até Nicolas ensaiou uma corridinha para socorrer mas acabou não sendo preciso. Atenção nessas beiradas da Praia Vermelha...duas horas depois o desembarque de Abaeté foi catastrófico!
Saimos dali em direção à Praia da Urca para buscar Rodrigo e Jurupi. O mar nem de longe se parecia com o tamanho que estava ontem mas ainda continuava batendo, o suficiente para dar um banho na Carol ali na virada do Pão de Açúcar. Virou com Juréia.
A maré estava melhor na volta mas a ida também não foi nada ruim. Ruim mesmo era ver aquele mar de espumas de todas as cores e as águas escuras mostrando que a baía não anda nada limpa. Mas ainda assim é um prazer remar, ainda mais no ritmo de sexta feira onde a remada fica salpicada de conversas e fotografias. No céu, além das nuvens, muitas gaivotas fazendo a festa sobre nós!
Virada no Cara de Cão sem nenhuma dificuldade apesar do mar ainda estar batendo. Parece mesmo uma máquina de lavar que nos obriga a mirar em direção à Praia do Flamengo para só depois voltar para as cavernas. Ondulação atacando a ama na ida para a Urca.
Passada a virada do cara de Cão, um mar flat, negro e cheio de espumas faz base para o Pão de Açúcar. É triste ver tanta sujeira mas não consigo deixar de achar lindo tudo aquilo. Remo com verdadeiro prazer sobre aquele mar negro.
Poucos pescadores na mureta permitindo que a remada seja bem rente ao paredão para aproveitar a ondulação mínima que lambe as pedras. Hoje está muito bom para remar, vento nenhum. Calor tão pouco já que o dia embassado nos protege dos raios solares.
Poucos pescadores na mureta permitindo que a remada seja bem rente ao paredão para aproveitar a ondulação mínima que lambe as pedras. Hoje está muito bom para remar, vento nenhum. Calor tão pouco já que o dia embassado nos protege dos raios solares.
Foto do Rodrigo
Lá nas areias da Praia da Urca estavam Rodrigo, Marquinhos e Bruno. Logo depois chegou Paulo com o pessoal do Urca Va-A e convidados. Rodrigo estava de papo furado com Bruno e Marquinhos que nem sairam com os caiarcas, Jurupi descansava amarradinho no cavalete com a mesma preguiça do dono. Mas foi muito fácil convencer o Comandante a levar de volta Jurupi para a praia Vermelha, afinal tínhamos ido buscá-los. E além do mais, precisávamos estreiar a máquina nova do Comandante!
Foto da Carla
O mesmo lá perto da Pedra do Urubu quando já chegávamos na Praia Vermelha. Várias fotos, risadas daqui, conversas dali, ai.... olha a pedra! Quase eu e Carlota montamos nas pedras que têm submersas perto da lage do Urubu. Foi um tal de remar forte e rápido para escapar que até agora não sei como o leme saiu ileso, foi por pouco. No mar não se vacila nem se distrai, um dia pode ser um imenso navio e no outro pode ser uma imensa pedra submersa toda caroquenta de mariscos! O perigo dessas remadas com amigos queridos é isso, esquecer que no mar a atenção sempre deve ser redobrada!
Vamos ao desembarque! Ou não vamos? Vamos! Ai, não vamos... até que íamos bem mesmo com os nadadores que estavam ali pela beirinha. Um retardado, ops, retardatário parou de nadar e tivemos que desviar, eu, Carlota e Abaeté. Foi o suficiente para perdermos o tempo da onda e capotarmos literalmente! Rodrigo de longe viu as pernas de Carla para o ar e eu deseperada tentando segurar a canoa que saiu de lado. Areia até dentro da alma. Agora entendo a sensação de uma muda de roupa dentro de uma máquina de lavar no meio de copos e copos de sabão em pó esfoliante! Depois das broncas, dos desabafos, a crise de gargalhada, é sempre assim...
Para evitar que nascesse por ali outra boneca de areia ficamos mais atentos no desembarque de Carol. Vem, não vem, vem, não vem, VEEEEMMMMMMMMMM. Ufa, foi até tranquilo! Nada como desembarcar de canoa individual com o apoio de mais duas pessoas, muitas vezes é preciso por ali.
Pronto, mais alguns minutos e já estávamos em casa nos livrando do bolo de areia dos cabelos e do biquini. Bela remada, boas companhias! Boas risadas!
to até agora com areia no ouvido,hahahahhaha
ResponderExcluirA preguiça bateu mesmo quando o Bruno percebeu que seus alunos não viriam remar e decidiu com o Marquinhos não botar a caiarca na água. Mesmo assim não arredei pé da praia pois tinha mesmo a esperança de ser resgatado das areias da PU. E como a esperança é a última que morre, não morri na praia. Que alívio ver Abaeté e Juréia chegando. Estava salvo. Jurupi foi tirado de sono profundo para brincar nas ondas do caminho até a PV e assistir ao espetáculo de acrobacia aquática gentilmente oferecido pela palhaça Carlota Pelota. Apesar da manhã nublada a apresentação do show "De pernas pro ar" foi digna do Cirque du Soleil. Bravo!!!
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