sexta-feira, 29 de outubro de 2010

29 de outubro de 2010 Lá na ponte que pariu!






O céu amanheceu completamente azul, mas antes se deixou colorir de sol. Vermelho. Lá do outro lado da baía de Guanabara os prédios amanhecem pegando fogo mas o calor não veio na proporção do azul, mais parecia uma manhã de outono.
Saindo cedinho dali da Praia da Urca estava o Paulo e o Dudu com um grupo de cinco remadores animadíssimos. O dia pedia mesmo uma remada.
 





Partimos dali da Praia da Urca para encontrar Silvinha e Paulo Garrafa na esquina do Cara de Cão às 6:20. 6:30 cronometrado encontramos Silvia e Garrafa vinha logo atrás... ué, passou batido em direção ao miolo da baía de Guanabara. Não era o Garrafa, acho que era o Pedrinho. Antes ainda dos tres passou o Chinês, acho que esse cara está dormindo na canoa pois está ali todas as manhãs.
 










Um mar liso desses com uma maré levando lá para os lados da Ponte Rio Niterói nem deu chance de chegarmos muito perto para conferir. Ficamos ainda alguns minutos no forte Lage aguardando... ué, alguém parou ali no Cara de Cão. Apita aqui, assovia aqui e depois de um tempo ele nos viu esperando protegidos pelo Forte.
Depois de reunidos os quatro, partimos para a Ponte em meio a um mar bem sujo e escuro, tudo o mais estava bom demais. Tanto em cor quanto em conforto para remar. É como se acima da tona voltássemos mesmo a respirar! Se eu fosse peixe por aqui... queria ser peixe voador!





Rumo então ao cemitério de navios lá depois da Ponte perto da Ilha da Conceição! Ao contrário do trajeto de outro dia, seguimos a direção apontada por Silvia e fomos bem no centro do canal, ainda bem que não havia muito tráfego hoje. O ideal é cruzar para Niterói na altura do Forte São Luiz rumando para Charitas e de lá ir costeando a Ilha da Boa Viagem, Grogoatá e por aí vai...
Mas foi um bom trajeto se pensarmos pelo lado da corrente que nos ajudou. Muita atenção com muito lixo boiando. As águas chegam a ser fedorentas por ali. Parece loucura, mas é lindo de qualquer jeito!
Silvia voltou antes, mais ou menos na altura da Ilha da Boa Viagem, o tempo estava mais apertado para ela.




A travessia do canal das barcas é sempre tensa, mas hoje até que foi tranquila... De repente...
- Opa! Um catamarã na nossa direção! Esse é rááááápido!
- Ai, não fique em pâââânicooooooooooo, vem em nossa direção
Carlota não estava em pânico, o pânico foi meu. Mas que ela acelerou a remada e parecia um boneco de desenho animado, ah isso parecia! Saimos do meio do canal e rumamos para a margem a salvo de sermos fatiadas, seria uma canoa bi partida e duas remadoras bi partidas. Não escapamos muito da ondulação que o catamarã fez. Para quem não queria se molhar, pois não dava tempo para um banho antes do trabalho, foi uma respingada só, ou melhor uma onda só... mas não chegamos a virar.
 

Chegamos sob a ponte todo o tempo ajudadas pela maré, sinal de que a volta seria bem diferente. Sorte que não fazia calor pois aquele mar preto de almirante não tinha nada de refrescante. Sob a ponte chegou junto o Garrafa que estava vindo o tempo todo um pouquinho mais atrás.
- Trouxe uma bola para brincar!

Foto do Paulo
Não é que trazia sobre a canoa uma bola de futebol linda e nova? A gente acha de tudo nesse mar, menos peixe pulando hoje. Só um na volta.
Não chegamos novamente no cemitério dos navios pelo adiantar da hora mas deu tempo de estacionar sob a ponte para fotografias e ver o engarrafamento que estava lá em cima. Essas beiradas asfaltadas eu não gosto muito!

 







 Hora de voltar e como pensamos a volta foi bem mais pesada. Fomos margeando até o forte Grogoatá como manda o trajeto mais seguro, mas não estava legal remar naquela corrente pesada. Foi passarmos coladas na plataforma e decidimos cruzar a baía ali mesmo, nada de chegar até o forte São Luiz!
- Chega mais, vem pra cáááá
Vozes do além pediam para não atravessarnos o canal. Seria um sinal? Que sinal que nada, um bando de homens barrigudos lá na base da plataforma estavam animadíssimos com nossa canoa passando. Carlota acabar de tirar a blusa para ir se bronzeando...
Era sim um sinal para mirarmos logo o Pão de Açúcar e traçar nossa reta para o Cara de Cão. Chega de margear Niterói. Chega da aventura de margear uma plataforma!
 




Não é que a estratégia traçada nos fez navegar muito mais leves? Cruzamos um largo canal mas logo já estávamos passando ao largo do Forte Lage. Ali ainda cruzamos com dois caiaquistas. Mais um trecho duro dali do Cara de Cão até a Praia da Urca apesar da maré gostosa e da ondulaçãozinha que nos empurrava.




Mas a dificuldade agora nem era tanto as condições do navegar. Minha bunda doía horrores, ou melhor, meu glúteo esquerdo. Abaeté está navegando meio adernada para a esquerda. Preciso deixá-la no estaleiro para ver onde está entrando água. Carlinha também sentia dormência na perna esquerda. Definitivamente, depois de duas horas de remada não estávamos lá muito confortáveis. Daí a resposta para o Bruno, Marquinhos, Lariana e Tonho quando chegamos na Praia da Urca:
- Foram para onde?
- Lá para a Ponte que pariu!


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