quarta-feira, 6 de outubro de 2010

06 de outubro de 2010 Um siri na nossa canoa!



O dia amanheceu nublado mas o sol ainda apareceu por trás das nuvens lá pelas oito da manhã. Quem aproveitou, aproveitou, pois depois o sol voltou a se esconder.




Cedinho Guilherme já montava uma oc1 ali na areia e entrava no mar para mais um dia. Mais um contagiado pelo encanto das beiradas e que agora faz das águas um pouquinho da sua rotina. Não tem como escapar desse imã.
Logo chegaram as meninas para o treino junto com o Léo, nosso querido coach. Areias sujinhas mas sem cheiro ruim e nada de vento para atrapalhar o treino.












O destino seria um pequeno trecho do que nos espera no domingo dia 10, a competição da Escola Naval que sai lá da Escola Naval, circula o Forte do Lage, vai em direção à praia da Urca, circula a estátua de São Pedro, mira na pirâmide, passa ao largo da praia do Flamengo e chega novamente na Escola Naval. É bonita a festa, e o forte fica aberto para visitação. São todos os tipos de embarcações competindo, de escalaires à canoas havaianas.
O treino hoje foi uma remada intercalada que deu para aproveitar a maré gostosa que nos empurrou em direção ao Forte do Lage. A passagem pelo Costão estava tranquila e deu para navegar bem rente. Era o Costão de um lado e o Léo em sua canoa individual do outro lado orientando o treino. Canoa com cinco remadoras andando bem, com energia boa, sincronia pura!


Lá longe um redemoinho negro subia da beirada para o céu parecendo que algo queimava. Um rolo de fumaça dava um tom diferente no horizonte. Triste.


Ali na pontinha do Forte do Lage uma ondulação parecia nos jogar em direção à Escola Naval mas na verdade seu repuxo nos travava. Umas chamaram a atenção da leme, eu, outras defenderam a leme. É... nem sempre dá pra saber se quem trava a canoa é a leme ou a maré, por via das dúvidas... é a leme!

Foto da Carla


No contorno do Forte do Lage, Ester não resistiu a pescar uma garrafa pet  verde que boiava sobre as águas. Pelo caminho haviam algumas, não tantas como em outros dias, mas um certo lixo ainda bóia por ali. Afinal é o quintal deles!
- Argh! Que nojo, cheio de lodo!
- Aaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiii, um siriiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Foi um grito aqui, outro ali e um minúsculo siri enraivecido e cheio de defesas foi direto com sua garra única beliscar o dedão da Carlota. Pernas para o  alto, remos para o lado e o treino foi por água abaixo... por um instante quase  fomos arremessadas para as pedras do Forte Lage.
- Reeeeemeeemmmmm!
- Salvem o siri!

Foto da Carlinha

Algumas gargalhadas e de volta ao fôlego para retomar ao treino em direção à Ilha do Anel. A maré foi fluindo, a canoa também e pouco a pouco voltamos para a hipnose maravilhosa que é gerada pela repetição de movimentos do remo sobre a água. Dia claro, apesar das nuvens. A baía hoje está deslumbrante de bela!




No contorno do Forte do Lage o encontro com Alê e Iuri, sintonia pura, cor de rosa e azul! Fotografias só nas minúsculas pausas para receber orientação. No encontro com Alê e Iuri não houve muita pausa. Pena, mas deu pra registrar eles de longe numa das trocas da remada.



Chegamos na reta da Ilha do Anel com a canoa desenvolvendo bem depois de passar rente ao Costão do Pão de Açúcar, sem maiores remelexos tal qual na ida.
- Vamos voltar? Orientou nosso querido coach.
- Vamos dar a voltinha no Anel e voltamos. Pleeeeeease!
- Mas a maré não está muito baixa?
- Olhamos e se não der voltamos.... hum, hum.
O resultado foi um corte na mão. Hoje literalmente marisquei a Ilha do Anel. Realmente a maré estava muito baixa mas o bico da canoa já entrava no corredor que faz atrás da Ilha e não teve retorno.
- Reeeeeeeeemeeeeemmm.
Para virar de vez a proa da canoa para a direita, e fazer o contorno da Ilha sem passar a ama sobre as pedras da esquerda, joguei minha mão na parede da Ilha e empurrei a popa. Uau, passagem justa e sem raspar a canoa em nenhuma pedra! Uau, corte de marisco na minha mão. Ai. Ai.




Dali foi mais um tiro dentro do treino até as areias da Praia Vermelha e depois só saltar para o abraço. Com a ajuda de sempre do Jorjão colocamos a canoa sobre o cavalete e ainda demos umas boas risadas lembrando do siri nervoso que involuntariamente veio nos visitar. O dia começara com uma preguiça danada de cada uma que foi chegando, mas aposto que valeu cada minuto.

Foto da Carlinha

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