domingo, 24 de outubro de 2010

24 de outubro de 2010 As montanhas das beiradas!



Dia cheio de nuvens e quase com chuva. Canoa? Mar? Não, vamos um pouco mais para dentro das beiradas ver como ficou a subida das Paineiras depois da tragédia das chuvas. Faz tempo não subia lá com a Magrela. Na verdade eu e mais tres magrelas, Carlota, Magrela e Cabrita.




Arriscamos naquele tempo feio enfrentar as ladeiras das Paineiras ao invés de enfrentarmos as águas das beiradas, as chances de nos molhar não seriam tão menores, mas ainda bem que não choveu. Não choveu mas cheguei encharcada de suor lá em cima. Fazia tempo não pedalava por essas ladeiras e havia perdido um pouco o condicionamento físico, mas Janaína, Juréia, Abaeté, Toa, Moana e tantas outras canoas não me deixaram morrer na praia e o banho de bica lá em cima seria certo.






Pelo caminho é triste ver o que as chuvas fizeram além de derrubar centenas de barracos nas favelas adjacentes. Muito trecho desbarrancado e com muita terra prestes a descer nas próximas chuvas fortes. se não houver um reflorestamento ou uma contenção de encosta por ali, a tragédia poderá ser muito maior.
Carlota e Magrela foram na frente. A Gaúcha faz tudo pela cidade de bike, sendo assim dessa vez ela foi na frente tirando onda com a filmagem.
O trecho da Rua Júlio Otoni continua com o mesmo asfalto esburacado e mal cuidado dos tempos que eu pedalava ali. O trecho dos trilhos também não apagam muito seu passado de piso irregular e agora mostram um chão cor de laranja de muita terra que ainda está por ali.
A subida a partir do ponto final dos ônibus, e trecho final da linha do bonde, apresenta um asfalto mais regular e não fosse a inclinação aumentar diria que é muito confortável de passear com a Cabrita.
Carla foi dando e colhendo os depoimentos até lá em cima com sua máquina fotográfica.
Nada de chuva a não ser uma garoinha suave que desceu logo depois do banho de bica. Um casaco seco foi o suficiente para proteger o corpo na descida.



Na chegada do estacionamento das Paineiras o reencontro com o padeiro Luís que às vezes se disfarça de guardador de carros. Bom ver gente cotidiana mantendo a rotina. Um dia vou fazer uma página aqui só das figuras conhecidas das beiradas, são tantas pessoas queridas que vai dia, vem dia, continuam por ali. Merecem destaque nessas beiradas, até mesmo para minimizar a falta de cuidado com a cidade.






Belo retorno às montanhas das beiradas, não cabia em mim de felicidade e certamente as meninas do mar não ficarão enciumadas, elas sabem do meu prazer de frequentar as beiradas do mar. Coração que frequenta as beiradas abriga muitas paixões!


Dia chuvoso e deserto de gente, perfeito para uma pedalada até as bicas das Paineiras com amigas queridas. No caminho cruzamos com alguns raros ciclistas e mais raros corredores ainda, ninguém se arriscando no banho de ducha. Um desperdício! Estava lindo o caminho das montanhas e deliciosas suas águas frias! As duchas estão fraquinhas apesar da chuva e uma densa neblina em alguns trechos nos obriga a apertar os freios e andar lentamente para não atropelar alguém no mundo das nuvens.



A neblina só se dissipa mesmo no estacionamento perto da estação do bonde, onde o transporte ficou limitado às vans por um preço inacessível ao pessoal com menos poder  aquisitivo, ou seja, a maioria dos cariocas.
Dali para baixo todo santo ajudou como ajudou na subida, pois com minha falta de preparo deve ter sido mesmo com a ajuda dos santos que cheguei lá em cima. Suei, bufei mas debaixo do chuveiro de água morna em casa sentia o corpo leve, quase em estado de meditação. Que saudades dessas pedaladas!

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