quinta-feira, 27 de maio de 2010

27 de maio de 2010 - Turbulência




Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.
Esse era o grito interno dos remadores hoje. Que confusão! Água por todos os lados, marolas gigantescas, canoe jump, corpos inclinados para esquerda e aquela loucura ali entre a ponta do Costão da Praia Vermelha até o Costão do Leme.
Valia uma reza para Nossa Senhora da Aparecida, seja pela fé nos santos, seja pela homenagem ao barquinho que sabiamente ficou descansando na beirada.

Meia volta vou ver e... nossa, uma traineira imensa vindo em nossa direção! Comandante Rodrigo ensinou que as leis de trânsito no mar se parecem com as leis de trânsito em terra, e a leme motorista veterena de terra instintivamente apontou a canoa para a direita enquanto a imensa traineira apontava para a esquerda da leme. Uau, contorno perfeito, parecendo combinado.
- Obrigada moço!
As remadoras do banco 1 e do banco 2, Mariana e Ester, depois de sair do mar, ao ser indagadas sobre a emoção de cruzar a traineira apenas responderam: - Que traineira?
É... o mar não estava pra remador hoje, todo mundo concentrado na proteção da canoa, na entrada dos remos na água e nada de olhar para frente. Sorte que a leme olha.
Meia volta e ficou a canoa a navegar em um quadrado dentro da enseada da Praia Vermelha, hora balançava loucamente, hora deslizava velozmente lambendo o Caminho do Bem Te Vi.



Graças ao Malza todos se divertiram na babilônia oceânica, não fosse sua insistência para sair das beiradas a padaria do seu Manel ficaria lotada. Obrigada Malza, grande diversão e aprendizado hoje!
Rodrigo estava lá de caiaque. Encontrou, deu bom dia para todos e saiu para o mar em fúria antes das canoas... também deu meia - volta - vou - ver ali do Leme.


Uma canoa de seis remadores com o pessoal do senil, ops, do sênior, chegou até o posto 6 e todos voltaram radiantes com a onda que o Jonhy desceu por lá. As ondas continuam fazendo a festa. Mas contaram também do sufoco ao cruzar o Costão do Leme, tanto na ida quanto na volta.
Saída kamikase nas areias e um certo pânico em alguns remadores que mesmo antes de dar pé para a saída já pulavam para voltar para as beiradas. - Ops, peraí, e a canoa? Corre pra cá, puxa a canoa da água, a água puxa a canoa dos remadores e enfim, depois de retirar o imenso mar de dentro da canoa e torná-la mais leve foi possível arrastá-la para fora da lambida da onda.


A canoa dos senhores seniors também não teve lá uma saída suave, saiu lateralmente ainda que segura pelo outro lado. Puxa daqui, empurra dali e mais um pouco descansavam as duas canoas em seus cavaletes.
Jargão de surfista lançado aqui: - É... um dia de remada tumultuada, vale mais que um dia de trabalho bom!

Ah, tanta confusão, tanta água e já ia esquecendo... águas sujinhas sujinhas, mas morninhas, vento danado incomodando e necas de pitibirecas de sol. Só um céu azul safado que apareceu só pra foto na saída.


O danado só foi dar as caras mesmo lá pelo meio da manhã quando todos já estavam no trabalho. Nesses dias ele está como os remadores, não querendo nada com o trabalho antes das oito da matina!

Oba! Tem foto do mar nervoso lá no blog do Rodrigo! Hoje não estava para fotografias, mas o rapaz é abusado!

http://www.trilhasdomar.blogspot.com/

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