domingo, 7 de fevereiro de 2010

07 de fevereiro de 2.010

Retorno das ilhas Maricás. Começarei pelo fim e depois retorno. Hoje descobri que embora a menor distância entre dois pontos seja uma linha reta, certamente não é o menor tempo. Aprendi também que margear Niterói até o forte Castelo Branco ou Santa Cruz é o mais sensato para fugir de correntes e ventos no canal. Remei por uma hora e meia com a sensação desesperadora que não saía do lugar. A chegada que seria pela beirada da direita da Cotunduba acabou sendo desviada para a Ponta do Leme, outra alternativa seria ligar para os bombeiros e pedir socorro. Insisti e remei muito forte para vencer a ondulação, o vento e a maré vazante em seu pico.
De presente o voo de uma arraia gigante e preta. Lembrei do susto da Flávia, minha reação não foi outra apesar da felicidade em vê-la saltando.
Voltemos à Ilha de Maricás.  Onde aliás vi as maiores tartarugas que já vi em toda a minha vida.
Saimos às 8 da manhã em um mar completamente liso e muito prazeroso de remar. A ondulação era um presente e nada do vento previsto para o domingo.
Mar limpo e águas muito claras nas beiradas das ilhas Maricás.
Porém ao chegar no final de Itaipuaçú, já chegando em Itacoatiara um mar lodoso, marrom e pesado nos aguardava. A beirada do litoral com o Monte do Moirão, o retorno colado nas ilhas antes de chegar a Camboinhas, o costão de Itacoatiara nos desligava um pouco do lixo, que não era pouco. Ainda se avistava uma ou outra oferenda para Iemanjá além das costumeiras garrafas pets.
Até Piratininga remava agradecendo a dádiva do tempo bom, das águas calmas, do vento inexistente e da tranquilidade que era quebrada por um ou outro barco passando.
Mas ao passar Piratininga e escolher a rota errada volto ao início do texto. Péssima idéia de traçar uma reta em direção ao Pão de Açúcar, toda a paz e tranquilidade nas remadas se transformou numa remada robotizada e desgastante com o olhar fixo nas beiradas do Rio. Pouco lixo na ondulação esquisita e grande no centro do canal, e sequer pude pensar em fotografias. Uma parada e imediatamente eu desperdiçava as remadas fortes que o mar me obrigava a imprimir. Era jogada centenas de metros para trás e para a direção da Barra da Tijuca.
Ufa, uma hora da tarde pude desembarcar na praia Vermelha cheia e com areias escaldantes. Essa reta final me desestruturou mas me ensinou a dar preferência às beiradas e às curtas distâncias das travessias dos canais. É mais belo e mais prudente!

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