quinta-feira, 23 de setembro de 2010

23 de setembro de 2010. Sol de primavera!





Um escândalo! Hoje o sol nasceu escandaloso, deslumbrante! Pensei que não fosse chegar a tempo já que o dia está clareando mais cedo. Pena... lá vem o horário de verão junto com a primavera.
Tres canoas de seis remadores do Praia Vermelha sairam das areias e uma canoa, também de seis remadores do Carioca Va_a saiu dali. Hoje foi dia de remoterapia, Janaína iria ao mar. Triste chegar e ver a canoa ali bem sujinha, sinal de que o ar não anda lá tão melhor do que as águas, muita poeira, muito pó de asfalto. Pobres beiradas! Empoeiradas beiradas!
Soube mais tarde que as canoas do Praia Vermelha Va_a cruzaram o canal e foram lá para as beiradas de Niterói na enseadinha do forte. Belo passeio! Quem foi sentiu a ondulação jogando para lá mesmo, vindo dali do costão do Pão de Açúcar. Mar gostoso de navegar, ondulação cheia.

Robertinha e suas fotos dali das beiradas de Nikity! Ô delícia de gente bonita e lugar bonito!



Voltando para as beiradas do Rio, Janaína encontrou Elisa ali na enseada do Forte São João. Que saudades! Dali as duas foram levando eu e Flavinha até o Forte do Lage num deslizar delicioso de maré e palavras. Muitas novidades.







No caminho a imagem belíssima do pescador cotidiano navegando com uma garça bem na ponta de sua embarcação. Diante do meu bom dia maravilhado ele apenas fez um gesto com a mão de quem está ingerindo algo.
- Flavinha, essa é a dica! Vamos levar sardinhas na embarcação para as gaivotas e garças virarem nossas tripulantes!
A danada da garça se alimentava no barco do pescador! Que visão legal! Parecia uma estátua de adorno. Pena que a fotografia não faz jus à sensação produzida pelo olhar naquele instante.







Corrente gostosa até o Forte do Lage e o encontro com Iuri, Alexandra e companhia em uma canoa de seis remadores com cinco. Antes de chegar perto do lage deu pra ver passar outra canoa do Rio Va_a, ou do Urca Va_a, não sei bem.





Mais um pouco e chega Ulmo trazendo oTonho, meu querido carangueijo que só anda pra frente! Pronto, a festa estava formada mesmo que sobre um mar denso de óleo e pequenos lixos flutuantes. Essa densidade do mar começa logo ali depois da virada do costão do Pão de Açúcar. As águas permanecem geladas mas o negro abissal desaconselha um mergulho.






Curiosa uma formação de ondas que faz lá no meio da baía, nunca havia reparado, de longe parecem até surfáveis de oc1. Flavinha já havia visto, contou que tem uma lage por ali. Nossa, cada dia aprendo um pouquinho dessas beiradas!


Clica em cima da foto que com um pouquinho de esforço dá pra ver as ondinhas! Ainda vou com Janaína por ali conferir!
Janaína ainda foi até perto da mureta da Urca acompanhando Elisa esticando as remadas e a conversa e depois deu meia volta. Flavinha continuou no reencontro com Antônio.


Volta deliciosa nesse mar gelado que vai esverdeando conforme se aproxima da Praia Vermelha. O silêncio foi uma boa companhia.
O pescador ainda estava por ali mas agora sem a garça já alimentada. Danada de interesseira essa avezinha! Me fazendo crer que são Francisco vinha navegando em forma de pescador...



Janaína voltou devagar recolhendo um lixo aqui, fotografando uma paisagem ali. Passou perto da lage que não estava adormecida: hora se mostrava nua e negra, hora se vestia de espuma. Lá no Cara de Cão o mar está mais preguiçoso do que por aqui.



Desembarque muito tranquilo ali nas areias da Praia Vermelha e todos já haviam tomado o rumo de casa. Janaína foi recolocada no cavalete depois de devidamente lavada, penso que estou perdoada pelo descuido. Aproveitei para dar uma limpeza também na canoa do Pedro que estava ali pintada de areia. Há que se cuidar de quem nos leva, afinal não conseguiria vencer as distâncias que venço apenas em largas braçadas.





Bem vinda a primavera! Nada de vento, condições perfeitas para navegar exceto por um desejo infinito de ver o mar mais limpinho!

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