Caminhando ontem a noite pela orla de Copacabana deu pra sentir o vento sudoeste fazendo a troca de guarda com o leste, ou seria o vento nordeste? De qualquer forma era o anúncio de uma trégua da chuva. Dito e feito, amanheceu ainda nublado mas com um sol querendo dar as caras por detrás das nuvens. E tanto insistiu que acabou aparecendo forte lá pelas dez horas.
De volta ao mar no leme de uma canoa forte que com ritmo constante chegou no Posto 6 em vinte e cinco minutos. Mais uma oc6 acompanhou a nossa e ainda Carla e Pedro levando Abaeté, ou melhor, sendo levados por ela.
Corrente deliciosa tanto na ida quanto na volta. Águas claras de temperatura amena e um triste lixo ali pela enseada da Praia Vermelha. Ia começar com um elogio rasgado nesse retorno ao mar mas ao contornar o Anelzinho deu pra reparar bem a imundície que está por ali.
Lá no posto 6 rola umas ondinhas boas para stand ups e até mesmo para as canoas maiores se tiverem sorte de estar no cantinho na hora certa. A lage dorme tranquila sem muito estrondo do mar.
Maré muito baixa que não deixou arriscar Abaeté no contorno do Anel. Viemos tão bem sobre ela, não seria justo arriscar seu fundo e sua ama nas pedras que mostravam os dentes tão logo a onda passava. Não fosse o aviso de Carla e, em comemoração pela volta, contornaria o Anel.
Desembarque cauteloso para poupar a musculatura que está recuperando e rapidamente já estavam todos nas beiradas arrumando as canoas.
O mar foi generoso no meu retorno às águas e nos deixou passar tranquilos pelas viradas, pelas beiradas, pelas partidas e chegadas. De tanta saudade pouco fotografei, a não ser nos intervalos dos mergulhos, nos momentos das pausas. No resto do caminho a sensação gostosa da pá na água e a visão tranquila da canoa deslizando, deslizando como que dizendo baixinho:
- Bem vinda!
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