segunda-feira, 13 de setembro de 2010

13 de setembro de 2010 Matando a fome até a Ponte!




Tem época do ano em que o dia clareia quando a maioria da população nem pensa em levantar. Tem amiga que a gente liga às cinco da manhã e aceita compartilhar a obcessão da outra.




A idéia era ir lá no cemitério de navios na Ilha da Conceição para conferir se a prefeitura realmente deu uma solução para os 50 navios abandonados e apodrecendo a baía. Certamente não.  Também era um pretexto de matar a fome das remadas.
Cinco e meia da matina e a cidade já estava clara e já se avistavam todas as beiradas calmamente contornadas pelas águas. Cinco e quarenta e cinco: eu, Charlote e Abaeté já estávamos na água. O sol veio apontar quando já virávamos no costão do Pão de Açúcar e foi indo amarelinho pulando de montanha em montanha até subir alto no céu.







São tantas fotografias que eu poderia suprimir o texto, poupar os leitores e deslumbrar tudo com as cores do dia. Mas preciso contar que as águas estão claras, frias mas gostosas, LIMPAS, verdes. As águas estão muito calmas e a maré quase não interferiu na remada a não ser para dar um empurrãozinho  na volta. O vento nordeste que balançava as bandeiras da Praia Vermelha não chegou nem a despentear os cabelos.






Poucas embarcações no mar, muitas gaivotas. Aliás, lá na beirada estavam Zoraide e Zuleide, as amigas do Comandante.




Com tantas fotos deveria escrever menos e ir direto ao assunto visual, mas tenho que contar também do deslizar delicioso até o Forte do lage e o traçado em direção ao MAC de Niterói e logo depois a passagem rente ao Forte do Gragoatá. Abaeté nunca tinha ido por essas bandas.





Passou rápida e atenta pelo trajeto das barcas de Niterói e de Charitas, sempre na dúvida:
- Vou na frente, passo atrás?... reeeeema!






Há que se ter cuidado na passagem do canal e nas passagens das barcas, se não tem a intenção de virar notícia de jornal! 
Mas acabou que viramos notícia, Abaeté saiu linda lá na foto do Globo que resolveu mostrar o Rio amanhecendo. Hugo mandou a notícia. Valeu Hugão!

http://oglobo.globo.com/rio/

Tem que digitar "amanhecer no Rio" e conferir o do dia 13. É um site flutuante, as matérias não ficam no mesmo lugar.

"ABAETE NO AMANHECER NO RIO FOTO 3,
CHEGUEI LOGO DEPOIS DE VCS.....QUE DIA!!!!
Hugo"

Depois de cruzar o canal e se aproximar de Niterói as águas ficaram bem escuras e sujas, mas não sentimos mau cheiro. Parece que hoje estava o mais limpo que poderia. Ufa, mas ainda assim estava suja! O negro da água refletia a ama de Abaeté.



Quase nenhum lixo boiando e até memso uma tartaruga apareceu entre as várias tainhas que pulavam pelo caminho.







Logo chegamos sob a ponte e mal cabíamos em nós de alegria pelo desafio e pela beleza que é olhar o Rio de lá. Não chegamos ao cemitério dos navios pois o relógio gritava em nossos ouvidos que era hora de trabalhar. Fomos em uma hora e vinte minutos, entre conversas, cantorias e fotografias. Já na volta...
- Nada de fotos e enfia essa pá. Tenho que estar no trabalho às dez!!! Vamos voltar em uma hora!
- Ai Jisus!  Olhei para Abaeté, olhei para tudo tão longe e fui... obediente.





Não é que voltamos mesmo em uma hora? Sem fotografias, sem muito papo, mas com muita energia aproveitando a contribuição da maré e  a calmaria no tráfego de navios e barcos. É gostoso olhar as beiradas de dentro depois de passar longas horas brincando com elas.


Bela remada, bela parceria. É... não quero mesmo outra vida! Agradeço a cada minuto tudo o que as beiradas me proporcionam e a boa energia de atrair parcerias que têm a mesma paixão!

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