quarta-feira, 17 de março de 2010

17 de março de 2010


Dia nublado e com chuvas fortes e esparsas pela manhã. Água boa que vem de cima pois as águas debaixo estavam absurdamente sujas e fedorentas. A saída da Praia Vermelha foi sob forte cheiro de água suja, de esgoto mesmo.
O que fez a remada ser boa foi a água que despencou do céu em intervalos. O mar estava muito batido e não parecia em nada com o mar tranquilo de ontem que banhou as beiradas.
No mar, junto com nossa canoa saiu apenas Fábio em uma individual e rumou para o Leme.
Optamos para a direção da Urca já que o mar estava sujo por todos os lados.
Na virada do Pão de Açúcar o mar batia mas a canoa subia e descia nas ondas com extrema leveza tornando o balançar super agradável.
Mas ao chegar perto do Morro Cara de Cão... as ondas cresciam absurdamente e a canoa lá em cima da crista da onda parecia que ia despencar em um buraco negro de mar. Vagalhões imensos que de longe pareciam que estavam estourando entre o forte do Lage e o Morro Cara de Cão!

Fomos e voltamos algumas vezes sondando se valeria a pena se arriscar até a Praia da Urca. No retorno olhávamos aquelas vagas imensas, deliciosas mas assustadoras.
Ao longe um transatlântico sumia entre um vagalhão e outro.

Retornamos pois com o mar não se brinca!
Rumamos para a Ilha do Anel e entre sacudidelas, descidas de ondas, freadas em repuxos, deslizamos bem e aproveitamos a chuva sobre o corpo aquecido.
Na saída na Praia Vermelha muito cuidado e uma saída rápida e sem atropelos, diferente da rasteira que tomei na entrada!
Mais tarde colocarei o depoimento de Flávia, Bruno e Cia pois sei que estavam lá na ratoeira do Cara de Cão. Liguei para Flávia assim que saí na areia para contar que havia abortado o encontro pelo mar sinistro que me esperava e apenas ouvi do outro lado da linha:
- Estou nessa p..., c.... e do outro lado mais nenhuma notícia! Mas sei que estão bem e provavelmente se divertiram muito ali naquelas vagas imensas!

"Hoje mais do que um relato de como estava o mar, pra mim é um agradecimento pela companhia sensacional de hoje. Somente com a presença de outros caiaques, éramos 5 pessoas, e mais importante, com Bruno e Marquinho super experientes, eu consegui enfrentar o que o mar nos oferecia. Agradeço de coração pela remada que faz o corpo superar o que a mente lhe diz. Saímos da Urca às 6:40. A chuva caía pesado, e quando chegamos no Laje, ondas pra tudo que é lado. Em direção à Cotunduba, encontramos mais ondas, lambendo de um lado pro outro, não sei precisar a altura, mas suficiente para dar medo.


Um medo, se acompanhado com outras pessoas, dá pra atravessar. Hoje foi assim.

Flávia"


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