domingo, 25 de abril de 2010

24 de abril de 2010


Dia nublado e a confirmação da frente fria que se abateria sobre as beiradas do Rio. Mas sete horas as beiradas estavam sendo fotografadas.
Hoje o mar estava bastante mexido acompanhando a frente fria. Das beiradas, nas areias, o mar se mostra tranquilo e convidativo, mas basta sair um pouco da enseada da Praia Vermelha que o mar se apresenta e bate bastante no casco da canoa. O remador que vai no leme tem que ficar esperto nessa hora para evitar que a água entre e desperdice um remador tirando água de dentro do barco. Com o mar assim agitado todos os braços no remo são necessários para vencer a agitação das correntes.
O trajeto foi para Piratininga e a travessia do canal se deu bastante mexida mas com a canoa desenvolvendo bem e aproveitando o corte transversal das ondas. Mas ao entrar na enseada da Praia de Piratininga, atenção redobrada e muito cuidado para não deixar a canoa emborcar.

Duas canoas iam lado a lado.

Ao entrar na enseada de Niterói uma revoada de gaivotas arranca um grito de bom dia dos remadores. O barulho ensurdecedor das gaivotas somado à visão deslumbrante de dezenas de gaivotas voando confirmaram que o trajeto foi acertado. Muito obrigada às beiradas!
Desembarque nas areias de Piratininga e a brincadeira entre amigos para retomar o fôlego pra volta.
A volta não foi muito diferente, mas o empenho dos remadores tornava o deslizar da canoa mais fácil e o leme do Léo colocava a canoa nos trilhos, singrando as águas com muito conforto. Ótima sincronia, ótima energia e em quarenta minutos estávamos desembarcando de volta nas areias sujas da Praia Vermelha.
A segunda canoa emborcou na saída mas rapidamente foi desvirada.
Uma chuva fina saudou os remadores mas não chegou a esfriar o corpo. Outono ainda quente nas beiradas do Rio.
As águas permanecem sujas e escuras mas no meio do canal não havia muito lixo boiando, ou havia e a concentração nas ondas, no rumo da canoa, na sincronia da remada, na paisagem deslumbrante sob as nuvens... distraiam os olhares para outros caminhos.
Mas o Rio e suas beiradas ainda pedem socorro!

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