Chuva. Dia de chuva fina que interrompeu na hora do sol levantar. Um chuvisco ainda quis incomodar um pouco mas não conseguiu espantar o encontro para a despedida do Dragão. Levantar cedo para remar não precisa de pretexto, mas saber que vem alguém que ficará longo tempo fora das beiradas é um belo motivo para um encontro. É, encontro é melhor do que despedida... afinal a energia dele continua por aqui.
Lá vem a Estercúlia de novo na manchete das beiradas. Hoje não estava exalando tanto o cheiro desconfiável de sua flor. Cabe aqui um registro... são duas!
Mar tranquilo com algum remelexo nas pontas dos costões e um vento se despedindo aos pouquinhos. O vendaval da madrugada de hoje derrubou a bandeira do Fogão por ali, mas só... não atrapalhou a remada.
Quatro canoas oc6 com seis remadores sairam em direção ao posto 6, Bruno estava prestigiado para aquele dia fosco e com aparência de frio. Hugo indo na canoa individual, Léo voltando... é... uma boa festa nas beiradas. É de tirar o chapéu para o número de remadores que ignoraram a frente fria. Que nem trouxe frio...
Menos lixo boiando pelo caminho, afinal o local da festa deveria estar mais limpo. Bom sinal apesar da chuva que sempre contribui para subir as galerias pluviais e sujar mais um pouquinho.
A ida para o Posto 6 estava mais fluida, a volta um pouco complicada. O mar grosso anunciava a maré baixando em seu ápice ou mesmo perto dele. Ondulação grossa batendo de lado e jogando a canoa para a direita. A ondulação se perdia em direção ao cantinho da Praia do Leme, lá no início do Caminho do Pescador.
Lá no Posto 6 umas ondinhas mínimas ditavam a variedade daquele marzão liso. Estava lindo! Estava cinza! Estava azul! Mergulhos, conversas, água e Copacabana ali debaixo daquele manto cinza que escurecia mais ainda o mar.
Vento? Quase nada. Chuva? Nada. Belo passeio pelas beiradas vazias de gente nas areias.
Na volta o empenho no vigor das remadas para auxiliar na rota da canoa. Um auxílio luxuoso para quem faz o leme são uns bons braços no resto da canoa´para evitar o samba compulsório que a maré muitas vezes lança. Como lançava hoje.
Bruno. Dragão. Casou e ainda não mudou mas vai mudar. Está de partida para a felicidade da Olga e saudade nossa. Anel no dedo? Então um breve contorno no anelzinho como presente de despedida. Despedida? Não, presente de encontro. Em breve vamos nos rever!
Mais um desembarque tranquilo e aos pouquinhos as canoas foram se recolhendo nos cavaletes.
Uma passagem rápida nas beiradas da Urca mostra que as areias por lá estão limpas e os cavaletes aos poucos estão sendo reforçados com a ajuda da Alê, do Marcelo, da Flávia, do Tonho, do Marquinhos.
Já que é um dia de encontro, as beiradas fecham a manhã com chave de ouro com um café da manhã com Marquinhos, Flavinha e Tonho lá na padaria em frente à cabine de polícia da mureta. Boa dica, um dos melhores tres em um com pão na chapa!
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