domingo, 7 de novembro de 2010

06 de novembro de 2010. Um dia inesperado!



As fotografias e as próximas postagens foram lá para o http://www.asbeiradasdorio2.blogspot.com/ Pois é, é tanta coisa para dizer e para mostrar que acabou não cabendo aqui nesse mundinho virtual... ainda bem, que o mundo real não é assim, cabe de tudo! Quase tudo...

Os dias quase nunca são como imaginamos ou programamos. A princípio seria uma manhã de sol com a chuva vindo só a tarde. Mas quem abriu os olhos na madrugada já podia adivinhar que sol não haveria. A idéia era ainda assim chegar cedo nas beiradas para ir com o povo do CCC até o Leblon. O sol não veio e o povo também não. Mas o mar... que mar era aquele? Verde, transparente, liso! De arrepiar!
Com calma fomos montando Janaína e Juréia e aos poucos foi chegando o povo flutunate da Praia Vermelha. Equipe Nem com a Fekitoa recuperada nas areias... Chicão e Clóvis já estavam lá e 6:30 as duas duplas já partiam em direção ao Leblon. Logo depois foi chegando gente a ponto de encher tres canoas completas de seis remadores, cada, do PVV e mais uma do Carioca Va_a. A princípio uma certa pressão para eu e Carlota sentarmos nos bancos das oc6, mas de fininho fomos pegando Juréia e Janaína e entrando no mar junto com Comandante e Jurupi. De fininho foram chegando remadores suficientes para não deixarmos furo. Ufa!
Poderia só postar as fotos pois se for contar sobre tudo ficaria muito extenso e talvez nada interessante para quem não foi.
Então, breves notícias para quem foi e não foi. Um mar de almirante e um céu coberto de nuvens que de vez em quando dava umas choradinhas sobre quem remava, bom para distrair o calor.
Virando no Leme entrou um sudoeste que marolou o mar mas por incrível que pareça as canoas e o caiaque fluiram muito bem, talvez pela boa energia do encontro.
As tres oc6 passaram por nós lá no Posto 5, lindas! A do Góis que foi para o Arpoador passou por fora da lage e as outras duas, lemeadas por Jonhy e Rogério, vieram por dentro, lindas! O dia estava lindo, deslumbrante. A companhia não podia ser melhor.
A lage estava de noiva, branquinha mas tranquila e ficamos um bom tempo coladinhos nela fotografando. Hoje tudo podia, o mar estava muito amistoso e as canoas podiam ficar paradas tranquilas tanto perto das lages quanto dos costões. Dia para fotografar, o blog http://www.trilhasdomar.blogspot.com/ vai ficar bastante colorido quando o Comandante postar as fotos dele. Posto aqui as minha e de Carlota. Eram tantas paradas para fotos que poderia escrever uma página apenas de momentos paparazzis.
Já que não apareceu ninguém que ia para o Leblon, ficamos ali mesmo no Posto 6 registarndo os mergulhos e as conversas de todas as canoas estacionadas. Um mar verde esmeralda, transparente, suave, nem dava sinal do sudoeste entrando ao largo da lage. Era muita gente colorida recheado de sorrisos. Lindo!
Uma festa para as aulinhas de stand up do Luís. Os meninos aprendiam tranquilos a remar sobre o pranchão. Dia perfeito para iniciantes!
Lá no Posto 6 além de nos deliciarmos com um dia  perfgeito para remar, sem lixos e com todas as condições favoráveis, ainda dividimos uma romã deliciosa que teve um efeito mais energético do que um pó de guaraná!
Depois foi voltar para a  Praia Vermelha numa ondulação para lá de gostosa e com um vento nas costas nos empurrando entre remadas e conversas.
Mariscada nos paredões, contorno da Ilha do Anel, com cuidado para não raspar a canoa nas pedras já que estava bem raso, remadas deitadas, paradas contemplativas, fotos, fotos, fotos. Parecia mesmo um dia de domingo no parque.
Lá na chegada da Praia Vermelha é que passou por nós Chicão e Clóvis voltando do Sheraton, remada longa como preparativo para a Solo Makano. Encontramos também a Carol e a Maíra numa canoa dupla chegando lá de Niterói com ares de quem estava vindo ali da Cotunduba! Bem vindas a essas beiradas!
Já eu, que faz tempo me limito a remadas paparazzis e recheadas de conversas provavelmente adotarei o nome que o Comandante deu para a competição longa da Solo Makano. Solo Mancando. Bom, solo não mancarei, minha querida dupla Ester mancará comigo. Mas certamente felizes por mancar no paraíso. Florianópolis!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

05 de novembro de 2010. Um outro olhar nas beiradas!





Hoje minha preguiça falou mais alto do que o chamado telefônico. Mas Carlinha foi lá conferir as beiradas, afinal já havia mesmo marcado de ir e a preguiça ali passa sempre ao largo.
Quando soube do mar que ela remou hoje, fui afogar as mágoas na natação. Sorte que as notícias foram salvas pelo seu olhar! Saiu de carona na canoa do Urca Va_a já que lá na Praia Vermelha só tinha mesmo o Guilherme saindo de oc1. Não tenho muitas notícias das beiradas, além das fotografias, a não ser que o dia amanheceu lindo e as águas estavam tranquilas. Águas tranquilas sei por avistar o Forte do Lage lá do Mourisco, onde nado. Nenhuma linha branca em seu contorno, o mar de longe parecia mesmo dormir. Igual ao meu amanhecer. O trajeto da Carlota foi da Urca em direção à Praia Vermelha e a notícia da corrente veio carregada de risadas.
Carla passou para o leme na volta da Praia Vermelha com uma canoa de quase novatos, mas com o Paulo no motor fazendo a canoa andar e o Dudu que já é um velho conhecido das beiradas. Na virada do costão do Leme, a remadora mais do que experiente porque passa ali quase todos os dias, calculou uma rota afastada do costão já que o mar estava um pouco mexido e depois viraria para bombordo. Pelos seus cálculos, a não sei lá quantos graus de angulação, faria a virada estratégica em direção à reta do forte São João...
- Aiiii, Carlinha sai! Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
A tripulação da canoa que não remava lá com a força necessária foi arremessada contra o paredão. A corrente jogava forte da Praia Vermelha para Niterói, ou seja boreste, segundo as informações de Carlota.
- Ué... pensei com meus teclados. Se jogava para Niterói que diacho foi a canoa lemeada pelo furacão louro fazer de encontro ao Costão? Vai entender... o mar e a remadoras!
Mas escaparam ilesos, talvez pela força do eco dos gritos ao bater e voltar do paredão...
Comandante Rodrigo e a turma do Bruno passavam por ali bem na hora, se estavam muito perto com certeza não têm mais nenhuma lombriga dentro da barriga deles. Segundo o relato de Carlota, foi um Deus nos acuda para sair do Costão.

É... perdi! Mas nada como um dia após o outro já que a previsão de amanhã é mar tranquilo e sol. E o povo flutuante lá do CCC combinou uma remada em grande número até o Leblon!




"Fiquei sem bateria,só consegui fotografar essas, mas o Paulo filmou, ta tudo registrado, ele vai colocar no youtube.

Muitas saudades,to muito feliz hoje

beijinho
Carlinha

:):):):):):):)"









quinta-feira, 4 de novembro de 2010

04 de novembro de 2010. Um cadinho de beirada!


- Você vai remar amanhã dormindo essa hora? A pergunta do Comandante e da Flavinha foi respondida positivamente mas ficou no ar e quase não fui. O despertador mais uma vez não quis me acordar já que eu dormia tão profundamente. Mas existe o povo flutuante que sempre tem um para nos cutucar.
Cheguei atrasada na Praia Vermelha e justo quem não entrou na canoa de seis foi quem chegou primeiro, Carlota e quem chegou por último, eu. Ester deu meia volta por conta de uma dorzinha tão vermelha quanto o dia nascendo. Nada de insistir, afinal preciso da minha dupla em Florianópolis daqui a duas semanas.
Fábio foi lemeando Ulisses, Carol, Nani, Felipe e Luíza até o posto 6. O mar estva liso, flat, lindo. Fazia parceria perfeita com o céu rubi que foi azulando aos pouquinhos. O dia estava realmente de tirar o boné. Mas também de colocar logo depois pois o sol veio queimando.





Hora de levar Abaeté para o estaleiro já que os bancos da canoa estavam todos ocupados.
Tanto as beiradas da Praia Vermelha quanto as beiradas da Praia da Urca estavam nítidas e limpas. Areias varridas, horizonte lisinho, mar parecendo limpo sem lixo flutuando. Vento? Nenhum! Roberta teve razão em voltar para casa chateada depois de chegar na areia atrasada e já não encontrar ninguém. A remada de hoje com certeza foi sensacional, com direito ao contorno da Ilha do Anel e do Anelzinho que o Fábio me contou. Êxtase na canoa!






Eu e Carlota fomos para umas águas mais densas... bem mais densas. Dali da Praia da Urca até o Guanabara é uma remadinha bem tranquila. Mar liso liso permitindo que remássemos com cuidado para evitar os respingos na outra. Aqueles respingos dão rugas! Cada gota é uma careta e um gemido. Água nojenta de suja e pesada.
 








Mas ainda assim é gostoso passear entre os barcos ancorados perto do iate e deixar a preguiça permanecer ali sobre a canoa. Devagarzinho...
Jorge estava lá esperando Abaeté desde sábado, Carla ainda brincou que levamos dias para chegar ali. Imagina! Tão pertinho!

 

Depois foi um caminhar de volta para a praia da Urca para buscar Chuck e constatar que o calçamento continua esperando cuidados e remendos. Definitivamente, não combina com aquela paisagem aquela calçada cheia de buracos. Um perigo para os corredores da orla.
Na Urca tres canoas da Rio Va_a alternavam treino, escolinha e passeio. Bom de ver Alexandra, Paulo, e Mássimo por ali. Não tem jeito, se com chuva o mar convida, imagina com o dia limpo de hoje!

 

Carlinha carregou a mim e a minha preguiça e para gastar a energia de outro jeito foi registrando as beiradas. Remar devagar, sem pressa, também tem suas vantagens...
Seguem algumas fotos da Carla!








domingo, 31 de outubro de 2010

30 de outubro de 2010. Ipanema antes da chuva!







                                                                         Foto Carla


"Dia de luz, festa de sol, e o barquinho a deslizar no azul do céu do mar..." Realmente dia de luz, festa de sol, mas o barquinho a deslizar era um enorme navio de containers passando ali entre o costão do leme e a ilha da Cotunduba. Alerta para os remadores que parecem um pontinho no meio do mar e resolvem atravessar o canal.
Sete horas da manhã e o dia nascendo prometia contrariar as previsões de um ciclone extra tropical chegando no sul. A chuva e o vento vieram mais tarde mas a manhã foi de sol e de um mar delicioso de navegar. Ao menos na ida.





                                                                           Foto Carla



Sábado era de se esperar mais gente para remar, até porque estávamos saindo de um final de semana estranho, com chuvas e preguiça de início de horário de verão. Tirar as canoas dos cavaletes, carregá-las para as areias, pegar balde, borrachas e muita atenção na hora das amarras para não haver surpresas no mar. Os iacos são amarrados com câmaras de bicicletas e cada canoa tem que levar um balde e um baldinho para tirar água na hipótese de virar.



Tres canoas foram montadas nas areias da Praia Vermelha bem ao lado de um trabalho espiritual não muito legal. Uma bandeja estranha de peixe com uns cigarros espetados. Que santo ou figura de umbanda, candomblé ou seja lá o que poderia ser representado por essa combinação?
Preparadas as canoas e depois de pedir licença ao trabalho vizinho, hora de ir ao mar e rumar para o Arpoador. O mar estava delicioso de lemear, uma ondulação muito gostosa nos permitiu traçar uma reta mais por dentro da enseada de Copacabana. Logo passamos a canoa do Jonhy que foi mais por fora.  Canoa feminina, boa de sincronia! Chegando no posto 6 foi melhor evitar a lage que estava com a cabeleira branca derramando sobre as pedras. Viramos em direção às Cagarras para passar por fora dela. Continuamos seguindo na frente com o auxílio da ondulação. A canoa lemeada pelo Léo chegou só mais tarde no Arpoador, isso porque sairam mais tarde tirando água da ama. Passaram que nem um raio, tanto na ida quanto na volta.


Mar limpo exceto pelas línguas de espuma que insistem em manchar as águas do Rio. Mas sem lixo  flutuando. O vento perturbou forte na volta e ajudou fraco na ida. Lá no Arpoador, o mar estava perfeito para um mergulho. Jonhy virou rente à pedra do Arpoador ensaiando um surf por ali. A  tripulação da canoa com certeza gostou, os surfistas creio que não muito.








 
                     Fotos Carla

                                                                      Foto Carla

Foto Carla

Depois da brincadeira hora do pit stop tão desejado, de beber água,  jogar conversa fora e corpo na água. Temperatura boa para ficar boiando por ali. O dia estava nítido tanto em direção às Cagarras quanto em direção ao Dois Irmãos.













                                                                          Foto Carla

                                                                             Foto Carla

Hora de voltar, apesar da vontade ser de ficar. Se reclamam que comigo no leme a canoa não anda por causa das fotografias, imagina com o Jonhy... que ninguém olhe para trás! Também depois de um bom tempo mergulhando, fotografando, rindo... quem quer saber de remar? Ainda mais se tem remadores na frente que não têm olhos atrás!


                                                                         Foto Carla

                                                                        Foto Carla

                                                                          Foto Carla

                                                                           Foto Carla

Antes de sair do Arpoador e rumar para a Praia Vermelha ainda deu para ver uma série estourando lá na lage que tem em frente ao Posto 8. Os remadores desavisados podem tomar um bom susto por ali, a ondulação quebra de repente e não tem pedra alguma avisando, é a lage lá embaixo mesmo. Quem conhece não vacila. Quem nao conhece e se perde distraído na beleza das Cagarras, não sei não...

                                                                      


Passagem rápida por fora da lage do Posto 6 dando para perceber que as ondas estão lambendo. Carla fotografou rápido e eu aflita pedindo para ela remar antes que fosse surpreendida, a canoa não estava lá muito leve e uma a menos remando era bronca na certa. Harmonia, sincronia, tudo pela paz... mas ainda bem que ela é tinhosa e fotografou. Salvou a notícia!

                                                                            Foto Carla

Na minha canoa não tinha muito espaço para muita graça, as meninas sabiam que quando o mar está generoso na ida pode ser que na volta explique o porque. Ester vira e mexe olhava para trás pois a canoa pesava e devia ser a leme fotografando, mas deixei para Carla o risco de ser surpreendida. O mar estava bem ruinzinho na volta, um pouco de vento nordeste entrando e incomodando, uma ondulação jogando meio em diagonal para a praia. Foi mais dura a volta depois que entramos em Copacabana.



Não haviam muitos remadores pelo mar, encontramos na volta lá perto da Praia do Diabo o Chinês que mais parece santo que está em toda parte do mar em todos os dias e lá no costão do Leme o João, que não vem aparecendo muito de individual, ao menos no horário em que o blog está no mar.



Virando na Praia Vermelha a constatação de que o mar estava mesmo diferente, muito mais mexido do que na ida, um verdadeiro back wash ali nas pontas. As meninas não deixaram a peteca cair, ou melhor, a canoa desandar e remaram forte na passagem do costão. Se assim não for, a canoa vai igual à canoa do Jonhy um pouco na frente, rabeando, indo de lado, à mercê da ondulação. Quando o mar está batendo e voltando nos costões é importantíssimo a sincronia e a disposição da pá na água, afinal quem manda no movimento da canoa, os remadores ou a corrente?




Mais um mergulho na enseada da Praia Vermelha para a despedida do sábado e muita atenção no desembarque pois hoje o mar estava lambendo as areias de lado. Canoas nos cavaletes e nas beiradas um show de contrastes. A praia começando a encher com o sol de primavera que já vai esquentando, um morador de rua desmaiado ali perto dos cavaletes e o pessoal da escalada aproveitando as paredes secas do morro da Urca. Bondinho para que?
"E o barquinho vai... e a tardinha..."  Cai aquela chuva prometida pela previsão!